Doce desEncontro
Doce desEncontro
Tentar escrever poemas
Tentar os outros – outras
Em relevos distantes, nas estradas
Montanhas
Praias desertas
No engano
Onde o rio encontra o mar
Escrevo acordes que não acordam
Sem abraços traços
Na inércia que o esquecimento trás
Sem consolar
Meu verso atravesso – travesso crespuscular
Narra o sonho e o real distantes
Não enche de paz
O coração vazio de sangue – instante - ardil
Que a chuva não trás
Amanhã virá - ao som da alfaia
Com ares de profundo prelúdio
Semeando vazios no mundo
Perdido, perdido sempre...
Despeço de longe
Vertendo horizontes
Nos lentos caminhos
Da vez – sozinho
No aceno da brisa amena
São falas do exílio
Desencanto circular em flor
Do aceno que não fiz
Extintas camadas – profundas
Extinguem ideais – não faço morada
Ilusão do caminho em mim
Desfaz esperanças em opostas jornadas
Para o começo
Do fim...
Everaldo Ygor - Fevereiro - 2010.