sexta-feira, 24 de julho de 2015

Resiliência Alcoólica


Esparramei no meio fio

Um dia desses

Sete e treze da manhã, fazia frio...

A nevoa ainda teimava em pairar na Periferia

Da minha mochila – de alta tecnologia

Tirei um vidro de Cachaça

 

Dei um trago, vontade de vomitar

Dei outro trago, mal estar generalizado

Outro, pensei que ia morrer

 

Depois, absorto estou

Atordoado, esparramado sorria ao ver o Sol

Penetrando nuvens baixas, o dia nasceu azul – Enfim Belo!

Entorpecida manhã.

 

Levantei e cambaleei – No ponto tudo ficou belo.

Ali fiquei até as Dez da manhã, contemplando, apreciando...

 

Na Padoca da esquina recomecei

Quando recobrei a consciência

Já no PA Vermelhinho

O gosto amargo doce da glicose na boca - o barulho ensurdecedor
do mecanismo gotejante do soro em meu braço transpassado de lado a lado.

Na maca - no corredor, sem documentos, com a cabeça rachada.

Não me lembro mais quem sou – Amnésia Eterna dos Dias.

Só lembro da saudade

Que sinto de você

Minha... Amiga!

Cachaça Amada.

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