sábado, 11 de julho de 2009

Pináculos

Pináculos
Caminhos da imperfeição – nefasto vazio iniciando sua ode.
Ondas em
Campos ermos, letras & pensamentos plebeus - funestos.
Qual o ponto mais alto do vazio da planície mental?
- Quando a força do vento frio esmerilar a face, será o recado sutil da saudade golpeando os sulcos profundos do rosto rústico - limbo libertino.
Metamorfoseando falas, morfologicamente espirituais...
Homofonia, que rima com Seres ausentes nunca antes presentes.
Ecos vaginais transitando em arenas constituídas de becos.
Hastes antes - perfurando lóbulos frontais - itálicos

Tiram o fôlego do recital poético – mudo o mundo vai lanceando.
O lábio inferior desliza no caule letra...
A língua seiva esguia - pronúncia do seu destino
O ar rarefeito termina seu verso no planar suave da travessia
vôo rasante da cursiva escrita.
Ante olhares alheios - na passagem da vida para o espírito livre – preso – sempre!
Lacuna da essência fina que me falta...


Everaldo Ygor - Inverno 2009.



* Obras de Remedios Varo (1908 - 1963) - Bordando o Manto Terrestre e Papilla Estelar.