domingo, 31 de julho de 2016

Novas Letras

Alvorecer
Das novas Letras
Recomeçando na dúvida
Da morna temperatura
Na ausência do riacho
Ouço o meio fio
Som rastejante
Sem vento
Sem mata ciliar - Só guia
Fumaça selvagem enchendo o ar - pulmões
Distante da Natureza
Olhos lacrimejantes
Outros fazem oração...
Transformar vias, Postes e muros
Em Poesia
Para o - Olhar admirar
Imponente toda essa gente
Manhã nova nasce insignificante
Para os Outros
Distantes Demais
Da Natureza anônima
Ausente das novas Letras. 

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Punhal de Prata

Quando a Lua
Enfeita-se de Luz
Enche satisfeita
Ilumina a escuridão
Deito na relva
Fulgurante Poesia
Explicando
A Imensidão Espacial
Nuvens Ditosas
Astros Distribuindo Poesia
Transparência
De um Punhal de Prata


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Bulimia Solar

O Sol
Cega
Com precisão
Arde cedo
Todas as manhãs
Queima os Poros
Sangra Nariz
Ferve as Veias
Combustão adjacente
Cruza paredes - Ruas
Esfoliando faces
Sem areia
Raspando pensamentos
Costurando letras
Sem ritmo
Com Sol
Bulimia Solar
Bulimia Social 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Beijando Muros

Beijar
O Globo Ocular
As Pálpebras
Abraços inversos
Trepar...
Nos galhos da árvore
Da vida - das Bocas
do mundo
cair...
Escrever um Poema Mudo
Nos Muros
Na Língua
No Céu da Boca
Rompendo mesmices
Mergulhando
Na Terra Oca
Salivas respingando
Esquerda da Alma
Mimetismo nas pedras
Tempo esquecido
Saído de um poema
Bebendo Sempre
Líquidos invisíveis
Próximo
As Margens
Do Precipício...

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Pistas de Outras Andanças

Outras Andanças - Minha escrita é uma deformação do espaço tempo - obscuro e claro como deve Ser... Existencial, do subconsciente. Neblina nas bordas, Esquerda no circulo todo. Absorve as Letras Perdidas, até a Luz das Velas, das Trevas, das Pedras Brutas... Melancolia e Álcool Ancestrais esperando a Lua cheia para Uivar. Ilumina! Os Dias, as Horas Infiéis Temporais encravadas nas longitudes das Criaturas - Todo esse Vazio - Torpor não é terreno nem celestial, Abismos de Vidro, são Copos Vazios... Na descida, nas quedas longas - o Ar - O Folego Desaparece - torna-se Rarefeito. Suspiros Perpétuos de Amor e alguma Paz - Poesia. 

domingo, 24 de julho de 2016

Tempus Temporis

Perifa - Vila Sabrina ZN - SP

Tempus Temporis
Das Ruas
Esquinas Decadentes
Praças desertas
Desertos mentais - Menstruais
da droga
da sujeira interna
Sargetas
do suor
das flores secas
ordinárias visões
estarrecimento verbal
fumos adentro
olhares vermelhos
azuis não mais
outro dia de hoje
Poente
bem longe...
do outro
amanhã

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Catequização Poética


Olhares
Cicatrizes
Catequização Poética
Na minha Mente
Espaços em Branco
Infernos Siderais
Perder - Chorar - Soluçar
Sombra Amorfa
Fala Vazia
Sem compreender
Do que é feito o Desalento
Não é por isso
Que desisto
Respiro mais uma Lufada
Intoxicada - Soberba
Da cidade
Esfumaçada

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Vida Regrada

Histórias
Tenho algumas
Nas Poesias
Nas Estradas
Bares e Além...
Esquinas Também
Álcool e Sarjetas
Ascensão e Decadência da Escrita
Sangue Coalhado
Apreciando...
A Beleza dos Dias
Acordando Trêmulo Ensolarado
Fumando Bitucas de Cigarro Paraguaio
Enfim,
Levando uma vida Regrada
Simples e Saudável. 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Recordações - Imagens - Vida...

Mas, porque e por quê?
Faltaram-me as palavras
Sem razão - Com emoção
Essas Imagens - O Som - As Pessoas
Recordações
Algo Maior além dos Vocábulos
Além do Coração - Maior
Como poderia Ser
Por Amor
A Lágrima cai...

terça-feira, 19 de julho de 2016

"Diferente"


Ser
Diferente,
Das notas
Das Mandalas
Das pessoas
Viver nos cantos
Longe do olhar
Das pessoas - das coisas
Sem acreditar
Em Deus algum
No mundo
Nos detalhes
No invisível
Nos Raros
Nos extintos
Nos Artigos
Nas Partículas
Na Busca
De tantos Enes... 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Copos, chão e Poesia torpe...


Malvada e suave cachaça
Entre Vias...
Entra via goladas esparsas
Dispersas, sedentas -Tortas
Bando bêbado - Bradando poesia
Tomam conhaque barato
Cachaça pura
Álcool Cambaleante
Línguas enroladas - respiração universal
tomam mais um lirismo - sem cuidado aparente
Fumaças dançam embriagadas
Desmaios em ruas largas
No chão as letras
A dignidade
A Poesia torpe.

domingo, 17 de julho de 2016

Mesoperiferia - O Filme

Mesoperiferia - O Filme. Aqui nessa Rua foi minha estréia como Ator Canastrão no Cinema Underground Paulista - Mesoperiférico... A fina película nos seus infinitos gestos -  colagens - cores - perpétuos cortes - hipnóticos - une a narrativa poética e histórica do Movimento Mesoperiferia e seus Atores Surreais. A edição, o roteiro e a fotografia saturada de feitiçaria enlouquecem os Olhares pasmos. O Elo de toda essa e esta complexidade é o Monstro Totem Mesoperiférico que no seu espectro fálico desconstrói e religa cada Cena, cada Figura, cada Desenho – a Fotografia, cada Vazio – cada espectador incauto... Fincado na Zona Norte de São Paulo e nas cercanias da existência, da cidade, transporta, transcende - relembra - reclama - remete ao Sarau, o Sarau do Trem, a Cicloesia, a Dança e Tantas Intervenções. Grandes e Ancestrais Amigos... Tantas Vagabundagens – Outras Andanças - Eu estava lá... Nem ficção – nem realidade, assim como deve Ser, um passeio pelas vielas e veias abertas interiores que nunca param de pulsar, que nunca dormem - que às vezes sangram... E o Som alto da trilha - de tantas alcovas vai ensurdecendo a consciência, penetrando paisagens - Esquinas, Vales, Parques e Ruas - contagiando as células que dançam na janela do Busão – embriagando - na caminhada – nas viagens, nos bares, nas oferendas, nas leituras - na fome... Pipas, tênis e consciências suspensas em fios e árvores... Enfim, faz a Alma esfumaçada Reviver renascendo na Espiral Infinita de cada Narrativa - Notas ecoando na batida do Coração – da Alma – do Olhar. Somos o X que teima em desaparecer Sempre! Sou o Bruxo Epilegrindos de Gúncios, somos a partícula da fotografia que está em cada um de nós... Ao apreciar os Atores e me reconhecer na tela finalmente descubro o que é conviver com um mundo estando fora dele, sentido algum Amor – alguma Poesia no coração que ainda consola, da plateia o aplauso para eternizar a loucura dos gênios do Coletivo que Jamais poderiam vir a ser normais... Os Jatobás, os Fantasmas vão passando, Adílio vai passando – Os Atores, Os Canastrões, vão passando Um a Um... Tá passando Um a Um... Ecos Mesoperiféricos em nós. Me falta a palavra – a lágrima cai... São nossos Atos da vida, da memória – da emoção - do imaginário e da fantasia, da Resistência - da Luz e da Sombra - todos e todas ali na sala diante a tela tornam-se o verdadeiro espetáculo, realmente temos algum Tempo ainda, algo há de começar, há de começar... Começou. Gratidão! Obrigado - Marlene Inês Kuhnen, Rogerio Nogueira e Ubirajara Gonçalves Filho.
Ação Educativa, Vila Buarque – SP. Noite de quinta-feira, 14 de julho 2016, Lua Minguante - Pré-estreia do Mesoperiferia - O Filme. 195.º dia do ano - Queda da Bastilha.
Contatos Imediatos:
https://www.facebook.com/Mesoperiferia-Produ%C3%A7%C3%B5es-198798300502439/?fref=ts

terça-feira, 12 de julho de 2016

MicroMundos Inversos - Eletrônicos


Mundo Inverso
Sites
Celulares
Face e Blogs
Enfim, máquinas glaciais...
Lixo, pilhas – solidão e detritos escolares...
Medos até...
Na dúvida – Sem abraços
Sem afeto – sem Amor
Mundo mudo - Mudo o mundo
Afeição abreviada
Adjetivos e sinônimos
Componentes desconhecidos
Nas Linhas
Nas Ruas Poéticas
Vazias de Sentido

sábado, 2 de julho de 2016

Busca Invisível

Os Sentidos
Enganam
Encontramos e Desencontramos Emoções
Sem objetivos
Sem claridade
Os dias insistem
As noites equilibram
Secretamente estamos vivos
Importunando
A Morte constantemente
Desiludidos, exaustos, invisíveis...
Vamos, buscamos - perdemos
Escritos no tempo
Na obstinada e torturante busca
Incauto desejo da dúvida
Louco caminho
Embriagado e Contumaz
Alucinação da procura
Por dias felizes, talvez até rir
Talvez - Outros Sorrisos - lágrimas...