segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ponto Final

Fonte: Google

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Ponto Final

O início incapaz

Do reencontro

Com o Final das Letras

Da frase – da crase

Dos tempos



Substância Quântica

Dissolve

Em Queda d’ Água

Com vazios expressos

O espaço distrai



Movimento corporal - pontua a espécie

Insurge no ponto

Volátil

Começo

De Pontos & Fins

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Agora é Dilma!

Fonte: Google

Um índio na Bolívia, Juan Evo Morales Ayma, líder do movimento de esquerda Boliviano Cocalero, um negro nos EUA, Barack Hussein Obama, na Venezuela o líder da Revolução Bolivariana, Hugo Rafael Chávez Frías, no Paraguai, Fernando Armindo Lugo de Méndez, ex-bispo da Igreja Católica e seguidor da Teologia da Libertação, no Uruguai José Alberto Mujica Cordan, ligado à esquerda pertenceu ao Movimento de Libertação Nacional Tupamaros. No Brasil um Operário,  ex-Sindicalista, Luiz Inácio Lula da Silva durante oito anos e depois, agora em 2010 a ex-presa política, Economista, Política - Dilma Vana Rousseff eleita Presidente do Brasil para o exercício de 2011 até 2014, pelo Partido dos Trabalhadores, Mulher, ocupa o espaço entre grandes Líderes no mundo, a história está mudando, e o Brasil, vai seguir mudando, ocupando seu lugar de direito na cena mundial. Sim, meus Caros e Ilustres Leitores, Visitantes, Poetas, Parceiros e tudo o mais, eu votei na Dilma, com orgulho e mais uma vez sem medo de Ser Feliz!

Saudações Poéticas
Everaldo Ygor

domingo, 19 de setembro de 2010

Peso Bruto

Foto: Google

Existe um peso bruto

O da existência crua

Desvalida, válida e nua

- Nos meus olhos.

Breves, fixos, penetrantes e calados

Um cronômetro atemporal da bomba extenuada

Grita aos meus Poemas

Findáveis ao tempo

Exilado nos Dias, vivo.

Em linhas próprias de penumbra

Impróprios

devaneios - instantâneos

Dias de sentença

Fria, perfura
Lacuna Profunda
Densa
Na presença dela...

Poesia.

Setembro 2010.

domingo, 25 de julho de 2010

A Queda

Foto: Everaldo Ygor

E as palavras
Caindo e caindo
Algumas pesadas
Outras
Leves como plumas
Vão

Caindo, caindo
Do inconsciente
Da boca
Indo, indo
Cai


Tocando o outro
Pode-se ouvir
O som do toque
De outros silêncios

De todas
As palavras
Caindo


Caindo
Saindo

C
  a
    i
     n
      d
        o...




Junho e Julho de 2010.

Foto da exposição do Aquilar no Espaço Cultural Banco do Brasil SP.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Inquietude

Fonte: Google

A inquietude é assinatura das linhas, pulso de vida, pulso das letras todas. Move-se por campos interiores, definitivamente fora do cotidiano, lentamente, mergulha em regiões frias, desoladas de ordem. E o olhar é companheiro, alma sobrevivente em tamanha caminhada, circular e infinita em seu fim.
Tem ecos nas vísceras, no coração, mas também tem raízes de uma árvore gigante, invertida em sua origem. A solidão forja novas velhas criações, fotos e poesias vazias em sua plenitude, feridas no centro nervoso, individuais em sua arte, em seu momento sutil e breve – efêmero arrepio irrigado pelo frio intenso.
O mundo vai consumindo seu tóxico predileto, vai socializando a fumaça, a radiação e todo o tipo de lixo que não se pode reciclar, mas os resquícios da escrita, da ilusão adjetiva ainda estão lá. Em uma guerra de vários fronts, guerra sem vencedor, sem noção, sem o sem...
Céticos inquietos, povoam os espaços, e até as flexões diversas, semeiam a discórdia do eu em um envelhecimento sem sentido, cruel, senil de crescimento e jovem em sua plena solidão. Carentes do verbo e do vento, depurando a inércia dos confins de ti mesmo... Corroendo os mesmos caminhos antes percorridos - a vitalidade míngua, a vaidade reina, e a verdade anacrônica em sua essência pátria deixa para trás a velha inquietude dos dias.

domingo, 16 de maio de 2010

Arritmia das Linhas

Pico Cristal - Serra do Caparaó
Fonte: Google/Flickr

Na falta dos meus sinuosos sentidos
Na fala total dos significados do som
Aguardando a volúpia dos dias
Da Lua longe da face nua – fria

E o Sol iluminando mentes sombrias
Na manhã ingrata - distante
Da desconexão com os outros
Nas raízes escondidas da luz

Nasce a isquemia silenciosa
Obscura...
Vácua
Voracidade veloz

Da vertigem silenciosa
Incurável da frágil cidade
Interna de um sonho acalentado
Por arritmias
Nas letras - insólitas de minha morada.

domingo, 4 de abril de 2010

Dias Marinhos - Minerais

Foto: Caramborê - Everaldo Ygor

Estonteantes
São os dias – submarinos, imersos
Vencidos os minutos
Restam as horas - desfeitas

Fracassado o tempo alento
As imagens passam, ficam nuas
Saudades de um emaranhado de estradas tortas
Restos ternos
Falas brancas – confusas no fuso horário
Antigas afugentadas
Complexas águas fluentes - turvas
Salgadas – silenciosas
Mudando sempre o sentido da maré - ligeira.
Na areia à deriva
Deixo mensagens - esculturas minerais

Deixo ela entrar.

terça-feira, 23 de março de 2010

Caminhos de Outono



Na manhã Outonal
Suave veio o Sol
Na boca o prenúncio da fala – é final de Março...
Por aqui
Nem rios, nem oceanos
E assim
A garrafa com a mensagem
Nunca chega, nunca chegou.
Nem a nau dos loucos
Nem a nau pirata




Resta
Só um gole do velho rum
Envelhecido em barril de carvalho
Padece o homem em névoa
Do hematoma na nuca coração
Contemplando, deitado - inerte
Desenhos, passageiros – além
Do céu azul - profundo & belo
Nas nuvens brancas, cheias - Outonais.


Fotos: Everaldo Ygor
Aiuruoca, MG - Jan. 2010.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Doce desEncontro

Foto: Everaldo Ygor - Aiuruoca

Doce desEncontro
Tentar escrever poemas
Tentar os outros – outras
Em relevos distantes, nas estradas
Montanhas
Praias desertas

No engano
Onde o rio encontra o mar
Escrevo acordes que não acordam
Sem abraços traços
Na inércia que o esquecimento trás
Sem consolar
Meu verso atravesso – travesso crespuscular
Narra o sonho e o real distantes
Não enche de paz
O coração vazio de sangue – instante - ardil
Que a chuva não trás

Amanhã virá - ao som da alfaia
Com ares de profundo prelúdio
Semeando vazios no mundo
Perdido, perdido sempre...

Despeço de longe
Vertendo horizontes
Nos lentos caminhos
Da vez – sozinho

No aceno da brisa amena
São falas do exílio
Desencanto circular em flor
Do aceno que não fiz

Extintas camadas – profundas
Extinguem ideais – não faço morada
Ilusão do caminho em mim
Desfaz esperanças em opostas jornadas
Para o começo
Do fim...

Everaldo Ygor - Fevereiro - 2010.