terça-feira, 22 de julho de 2008

Da Arte de Escrever Cartas & Sonhar...

As cartas são mágicas, algumas esquecidas - aquecidas, outras perdidas no Tempo, quando remexo cartas antigas dos meus pais, encontro um recorte da história dos homens, da escrita, do Amor, da saudade, da surreal Arte de Escrever Bem... Amareladas com letras magníficas, papel pautado, cheiro envelhecido, cheias de graça & contornos que ninguém mais faz. Uma aula de caligrafia, um capricho só... Arte pessoal da relação da folha em tom cândido com as idéias em formação, com a emoção. E os selos antigos/novos, cada um com sua data de comemoração, “olho de Boi” e outros tantos, pequeninas artes adesivas que marcam ao olhar, basta um circuito na Praça da República em São Paulo, no Domingo, para ficar imerso no mundo dos Colecionadores de Selos... Os envelopes, grandes, médios e pequenos, timbrados, internacionais, coloridos, uma viagem poética aos sentidos todos. As cartas das crianças e adolescentes, cheias de cores, adesivos, papel colorido, papel especial de carta, com personagens diversos, papel reciclado, mimos que poucos hoje em dia ousam fazer, ousam vivenciar, quando me vejo aqui, em frente ao computador, na gélida tela dos dias vou dando bordoada no teclado, o cálice da escrita jorra em minha face, a saudade de preencher folhas alvas, de errar, corrigir ou recomeçar uma nova carta, amassar o papel, sentir o lápis ou caneta fluindo no espaço. Não importa, ao acabar essa missiva vou escrever mais uma carta, nem se importando com a paralisação dos correios... Os cartões cada um mais formoso que o outro, sempre preferi fazer os meus... Sim, colagens - aquela arte já esquecida método meio hippie, até já fiz papel reciclado e enviei, me lembro agora quando jovem, fui até a casa de uma pretendente minha e coloquei uma carta cheia de versos de Vinícius de Moraes na caixa de correio dela, que saudade desses tempos que teimam em voltar em nosso adágio... Algumas cartas comprometedoras até, outras nem se fala… E outras tantas nunca enviamos, ficam guardadas em gavetas ou caixas empoeiradas... Vale lembrar o grande mestre Fernando Pessoa, na Poesia de Álvaro de Campos:
...Todas as cartas de amor são Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas...
Um dia desses enviei uma porção de incensos para uma pessoa valiosa, de todos os tamanhos e sabores, foi o presente/carta mais “perfumado” que já enviei, junto um cartão artesanal, com papel reciclado e colagens, com um poema de minha autoria, enfim cumpri minha missão... Hoje, tudo frio, distante, gelado demais, emails, Blogs, celular ou telefone fixo, ao vivo quase nada, poucos abraços & beijos, e cartas escritas do próprio punho menos ainda, sem dúvida a tecnologia informa, mas pode distanciar também... Existem alguns filmes e livros que valem a pena serem apreciados, como o Surreal “P.S.: eu te amo” de Richard Lagravanese, onde cartas póstumas emocionam e ilustram o roteiro... E “A Carta Anônima” de Peter Chan, com a ótima trilha sonora de Roy Orbison, onde o roteiro gira em torno de uma carta de Amor anônima... Para conhecer a Arte do Calígrafo, recomendo “O Livro de Cabeceira” de Peter Greenaway uma viagem na sedução e caligrafia oriental, o cheiro de papel branco é como o odor da pele de um novo amante... No Brasil temos o já conhecido “Central do Brasil” de Walter Salles... E os Livros, não podem faltar, verdadeiros clássicos como “Cartas a um Jovem Poeta” de Rainer Maria Rilke, e As Mais Belas Cartas de Amor de Kahlil Gibran, entre tantos no Brasil, ressalto a bela obra “Correspondências” de Clarice Lispector, Cartas de Machado de Assis e Euclides da Cunha e De Poeta para Poeta – “Correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond”. Existem outros, muitos outros que vou deixar a sua escolha meu caro leitor... As cartas carregam o coração. Por isso, mãos à obra - escreva uma carta já!
Everaldo Ygor – Julho 2008.

52 comentários:

Anônimo disse...
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ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Sim, sim, sim, cartas bem escritas são mágicas, pequenas obras de arte, sejam poéticas, sejam prosaicas, sejam minúsculos ensaios repletos de impressões, idéias ou divagações!...
Também lembro das cartas "antigas", escritas em papel - e sei que existe, ainda, quem as escreva, às vezes (como eu!), mas, ao mesmo tempo, conheço também a potência das palavras escritas-enviadas-recebidas por todas as múltiplas vias que oferecem chance de contato, e podem passar do virtual ao real, bastando que, para isto, correspondentes permitam-se atravessar algumas porteiras e espaços: eu mesma já conheci, de perto, pessoas maravilhosas, a partir de encontros primeiro neste plano de 'virtualidade"... E os livros , coletâneas de cartas? São fantásticos, verdadeiros álguns de retratos de palavras, revelando traços dos autores! Acrescentaria em tua lista as "Cartas Apaixonadas de Frida Kahlo"...

Abraços!

Anônimo disse...

Adoro escrever e receber cartas.Ter um envelope lacrado na mão é um momento mágico.Quando menina tinha a mania de fazer micro cartas . Tinha que usar uma lupa para ler e eu fazia com selinhos e até o envelope em verde e amarelo( daqueles antigos) eu fazia,kkkkkkkkkk.
Beijos.Lindo texto!

DuDu Magalhães disse...

Cartas são pra sempre sonhos contidos em letras, por vezes escritas a mão... todo aquele sentimento de prazer, está ali, pra sempre...
nas, cartas!

Pabby disse...

:P tava passando e gostei. haha

Se Liga Jovem disse...

Muito bom o seu blog!!

:)

Janice Diniz disse...

Sinto falta das cartas também, do papel, do envelope, de escrever a data por extenso no alto da folha e do cuidado com a margem...

Belo texto!

Abração

Grupo Saber Viver disse...

Cartas são maravilhosas, podem ser guaradadas e relidas, revividas, pena que estão sendo abandonadas aos poucos, pelo correio eletrônico e menságens sms etc...
http://gruposaberviver.blogspot.com/

Si Faustino disse...

Viva as cartas e os postais. Adoro enviá-los e recebê-los, pois são os únicos meios onde meu texto não é pautado (sou jornalista). :)

As minhas já andaram e vieram daqui e do mundo (Estônia, Índia, Suíça, Japão...), trazendo o mundo consigo: moedas, postais, fotos, papel de carta, adesivo, marcadores de livro.

Nada melhor que abrir a caixa de correio e encontrar uma carta gordinha de novidades...

Si Faustino disse...

Vc conhece os livros "Griffin & Sabine", de Nick Bantock? Falam do amor platônico entre um artista inglês e uma designer que mora em uma ilha do Pacífico. Tem reproduções das cartas e postais, vale a pena ler, pois é lindíssimo!

“Que estranho ter um amor de papel”, escreve Griffin. Ficaadica.

blog disse...

Faltou Drácula, de Bram Stocker (que é epistolar), para fechar o círculo.
Rapaz, que homenagem ao ato de escrever e ao romantismo que é (ou foi) escrever cartas.
Outros tempos, amigo Everaldo. Não voltam, não retornam, apenas nos enchem de uma saudade que, às vezes, machuca.

Vc, como sempre, não se desvencilhando da metalinguagem.
A isso chamam pós-modernidade.

Denise Machado disse...

Acredita, Livro: Vou terminar o livro do "cretino" com uma carta. E mágica (espero)...

Não faltou nada!

Danilo Moreira disse...

Eu tenho uma história curiosa.

Conheci uma amiga em 2001 numa sala de bate papo. De inicio a gente conversava apenas por email, só que ai ela ficou sem PC e sem tempo para mandar o email.

Dai num certo dia ela teve a ideia de se corresponder por cartas. A vantagem é que ela pode ser escrita em qq lugar, e principalmente, lida em qualquer lugar.

Até hj nos correspondemos por cartas, ainda que um já tenha o orkut do outro, mas sei lá, por carta a gente se sente mais a vontade de desabafar, e tem uma mágica que nenhum PC consegue reproduzir.

A imagem de ser ler e de se escrever uma carta é, no mínimo, poetica.

Abçs!!!

Já teve a sensação de faltar em você alguma coisa que ficara lá atrás?

Então, confira:

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O Que Ficou Pelo Caminho

http://emlinhas.blogspot.com/

EM LINHAS...
Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divã.
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ED CAVALCANTE disse...

SESSA COISA DE ESCREVER CARTAS ESTÁ EM DECADÊNCIA. MAS PENSE: TIVEMOS RECENTEMENTE UMA GREVE DOS CXORREIOS, MILHÕES DE CORRESPONDÊNCIAS FICARAM RETIDAS, MUITAS DELAS ERAM CARTAS. AO CONTRÁRIO DO QUE PENSAMOS, MUITA GENTE AINDA ESCREVE CARTAS. TEM UM FILME BEM LEGAL COM A BETTE DAVIS CHAMADO "THE LETTER", DÁ UMA CONFERIDA SE ENCONTRAR!

Anônimo disse...

Realmente, a frieza de hoje está ficando cada vez maior.
Antes, era até aceitável as cartas pelo fato de ser a punho.
Mas tudo é tão padronizado no computador,....
Mas nada, é comparável ao falar pessoalmente.

Anônimo disse...

Há coisas que a máquina jamais conseguirá fazer pelo ser humano, talvez as coisas menores, que tomam tempo, cujo sabor ao ser explicado torna-se ridículo embora tão apreciado na prática! E o que seria de nós sem essas pequenas sutilezas ridículas e inexplicáveis que nos causam um calafrio gostoso de saudade, conforto, humanidade?!

Adorei! bjinho

Dedinhos Nervosos disse...

Eu adoro escrever cartas, fazer mimos e mandar pelo Correio. Acho um carinho tão valioso separar um tempo para fazer algo de especial para um amigo, um amor, uma paixão. Afinal, e-mails são mandados para qualquer um, mas carta... só para quem é muito caro. Adorei isso.
Beijos.

Carlos Macêdo disse...

Cartas são legais mesmo..... Depois de muito tempo que recebemos, ao lê de novo, relembramos muitas coisas....

^^

flw!

N.Lym disse...

Grande poeta!! Obrigada por sua visita!! Li muitos dos seus textos nesse blog maravilhoso!! O bom dos coments são os tesouros que descubro quando venho visitar blogs que não conheço! O seu blog é um tesouro. Seus textos saõ pedras preciosas. Muito boa essa descoberta. Ficarei vindo aqui.=]

Anônimo disse...

Realmente...escrever cartas é uma arte que não deveria acabar nunca, mesmo com o correio eletrônico, a carta é bem mais carregada de emoção, cada contorno pode revelar até mesmo seu estado emocional, me identifico muito com esse poema de Fernando Pessoa, porque sempre insisto em ser ridícula nas minhas cartas de amor. E também me emocionei muito quando vi "Ps.Eu te amo".
Continuarei escrevendo sim!

Climão Tahiti disse...

Não gosto de cartas, ainda que as defenda. =p

Não tenho letra boa, mal consigo me ler, teria dó de quem tivesse que fazer curso para entender meus garranchos.

Sempre que vejo mensagens defendendo cartas pessoas penso ser esse um dos sinais do romantismo da era robótica... =)

M. disse...

Gosto tanto de cartas que coleciono selos e, vez em quando, posto cartas em meu blogue.

YagoMurakami disse...

Concordo, como eu estou morando e portugal, e a minha queriada avó não tem pc nem nada mesmo entrando em contado pelo telefone agente se escreve, nã sei porque, mais talvez pelo gosto de ter aquela carta especial!
abraços!

http://wallnosekai.blogspot.com/

Denise Machado disse...

Parabéns pelo seu dia, Livro.
Beijo!

Marília Cafe disse...

Uma pena que hoje em dia a carta não seja tão utilizada quanto antes. Eu peguei o finalzinho dessa época e pude perceber que era ótima.
O mundo está tão moderno que parece não ter sentimento. Os softwares de bate-papo, sites de relacionamentos e afins ‘cortam’ o interior das pessoas. Por esses programas não dá pra saber, ao certo, o que a outra pensa, sente ou coisa do tipo. É tudo tão superficial que fica vazio, infelizmente.
Everaldo, Sempre apreciei seu blog e adoro visitá-lo. Venho cá freqüentemente, só que, por uma péssima mania, quase nunca comento.
Prometo que comentarei nos próximos. rs
Gostaria que lesse dois textos meus, que estão em um blog que fiz com amigas da faculdade. Quando folgar, caso queira, http://motdefemme.blogspot.com/2008/06/vaivm.html e http://motdefemme.blogspot.com/2008/07/sem-colher.html

Parabéns mais uma vez e desculpe-me pela indelicadeza, caro escritor!
Um abraço!

blog disse...

Greenaway e seu livro de cabeceira.
Uma delícia de filme e exotismo.

E olhe que não sou fã do cineasta.
Fui buscar o filme, hoje, na locadora.
Não achei.

Marih disse...

Seu texto me trouxe de volta o ínicio da minha adolescência e o tempo que fazia colagens e papel reciclado nas aulas de Educação Artística. Tempo muito bom que eu recebia semanalmente cartas de uma amiga que anda meio sumida!
Cheiro de livro, de carta, de revista , de papel em geral é maravilhoooso!
Adorei o blog!
bjimm

João Bertonie disse...

Eu amo cartas. Hoje em dia carta é um mito (exagerado), todo mundo apela pra tecnologia. O que antes eu recebia de cartas, hj eu recebo de e-mails.

Unknown disse...

Há alguns dias eu escrevi um poema para um carinha muito especial e entreguei pra ele. Ele adorou!
E concordo quando diz que a internet, celular, esses adventos vem distanciando mais as pessoas.
Adorei seu texto!

http://maynabuco.blogspot.com

Marco Antonio Araujo disse...

Ah Everaldo, que coincidência legal. Hoje estava conversando com minha namorada sobre o filme PS: Eu te amo, que nós vimos ainda no cinema, e hoje mesmo comprei o livro.

E eu queria crer que as cartas são insubstituíveis. Nada como um pedaço de papel protegido por um envelope e um bonito selo escolhido. Aliás, adoro selos, mas nunca fui de colecionar nada. Nem álbum de figurinhas eu completava.

Nem mesmo as palavras eu coleciono... só apanho umas perdidas por aí...

Anônimo disse...

Uhm... oq falar sobre cartas?
Não sei, só quem recebe e escreve elas sabem... em especial Cartas de amor... aiai... realmente são ridículas, mas é desse ridículo que a vida tira a base pra fazer seu ciclo...

Excelente blog!
E obrigada pelo comentario no meu blog!

Beijos.

Anônimo disse...

Dei uma passada geral pelo seu blog e não pude ler tudo, mas achei ele muito informativo com textos bem escritos e interessantes. Prometo voltar e ler mais! Um abraço

Riso Certo disse...

bem legal...

Camila Passatuto disse...

Quando fiquei sabendo que cerca de 15 cartas que eu tinha escrito foram queimadas ou rasgadas (acho que foram queimadas) fiquei com um certo receio de fazer tal loucura novamente. Sim, escrever sempre é uma insanidade...escrever para outra pessoa, ai passa para um estado mais grave de loucura.

Mas semana passada eu escrevi uma carta para o meu amor rsrsrs com direito a perfme e tudo mais.
Nasci com um monte de computador ao redor...mas gosto de pensar que vivo lá no começo do outro século.
(Já estou viajando).

Fico por aqui.

Bjos

Sandro S. Sorte disse...

Boa escrita, seu blog tá maneiro!!!!

Livros & Literatura disse...

Oi, Everaldo Ygor. Escrevo aqui uma pequena carta. Gostei de conhecer o seu blog "Outras Andanças". Excelentes textos! As cartas, hoje, são, na sua maioria, eletrônicas. O que importa é não perder o foco, transmitir o que pensamos com emoção, carinho e respeito ao outro que nos lê.

Abraços!

Lalo Oliveira disse...

Sinto falta das cartas, mesmo nunca tenho as experimentado. Acho bem mais afetivas que meios virtuais. As letras com grafias únicas, resultantes de processos fisiológicos. Ficar imaginando os movimentos das mãos ao escrevê-las.
Me encanta bastante. Ainda quero trocar cartas com alguém!

http://www.poeses.blogspot.com/

Anônimo disse...

por isso escrevo Cartas por lá -
abraço

Jân Bispo disse...

Cartas... a arte de derramar sentimentos em linhas, gostava de escrevr cartas, há algum tempo, nem sei por que parei,, sintilar palavras, derramar emoções, com a certeza meioq ue duvidosa de que o destino está certo, enfim belo post.

passei para lhe dizer que tem selo pra vc lá no Comando contra o tédio, passa lá e pega que é seu! abraços!

Anônimo disse...

morei em Portugal por 11 anos. minha ligação com meus amigos daqui sempre foram por cartas, assim como foi feito c os amigos de lá, qd voltei. estão todas guardas, três caixas. e como é bom relê-las...

Anônimo disse...

Ainda teimo em escrever, escrever mesmo, com caneta e papel.isso me parece muito mais prazeiroso do que digitar. Pode ser pirraça, teimosia,ou hábito antigo mesmo. O fato é que sinto a palavra fluir melhor quando sinto a caneta deslizando sobre o papel...
Gostei do texto.

Abs
Raquel
http://raquelrfc.wordpress.com/

Dário Souza disse...

Nunca recebi uma carta,axo que nao tive tempo pra isso,o e-mail tomou conta do mundo e vai ficar por muito tempo.

Unknown disse...

É uma pena que a tecnologia diminuiu a troca de cartas, mas um e-mail não tem a mesma graça...
Há muito tempo já não recebo cartas, só as de cobrança, infelizmente.

Alexandre disse...

Nossa, faz MUITO tempo que não sei o que é escrever uma carta!

@Taylguedes disse...

gostei da suas palavras sobre a tecnologia....
em certos pontos nos une e nos separa....

Quando vc percebe está tão distante das pessoas...e ve q sua unica porta de comunicação com o mundo é a tela do computador e o teclado....algo tão ..diria ..falso..incompleto...
As pessoas se transforman na frente do computador as vezes.
Sinto falta dos papeis tambem...de escrever.
Sinto falta de diarios,de mandar cartas nem tanto...não nasci numa época onde isso fosse normal...=/

O Profeta disse...

sksjrtlMajestosa e altivamente submissa
Uma árvore curva-se à lagoa
Encontrei um arco-íris perdido na terra
Este canto não pára até que a alma doa


Convido-te a olhar os sentires que emanam do altar do Sol


Bom fim de semana


Abraço

Marcos Costa Melo disse...

Tive minha época de escrever cartas, quando a internet ainda era incipiente e eu morava numa cidade e minha esposa em outra (na época, namorada). Era uma ou duas cartas por semana, além do telefone, lógico.

Luisa disse...

passe no meu blog
Foto legal
www.clubefeliz.blogspot.com

Suzana Martins disse...

As cartas são mágicas, elas no embalam para uma dimensão maravilhosa... eu sou o tipo de pessoa que é adepta as cartas... rs
Beijooooos

Sheila C.S. disse...

Adorei o texto, pois encontrei-me nele... Eu resisti enquanto pude a trocar a escrita pela digitação, mas foi necessário. Aliás, trocar não é a palavra ideal, pois sempre que posso estou a rabiscar meus escritos, e quando preciso passá-los para essa telinha, sei lá... parecem que já não são mais meus, e talvez não sejam mesmo, né?! Mas, bem... Estou aqui principalmente para dizer que tenho guardado um grande tesouro em meu guarda-roupa, e que agora, nessas férias de meio de ano, pretendo explorá-lo, com toda a delicadeza e respeito que ele merece... São as cartas de amor de minha avó e meu avô, e que datam da década de 30 e 40. Eu andei dando uma espiadinha, assim como alguém que quer chegar de mansinho em um mundo guardado, que na verdade, não me pertence. Mas, ao mesmo tempo acho que tenho sensibildade o bastante para saber olhá-las, ou melhor, apreciá-las, para aprender algo, algo rico. Mas, enfim, quando as espiei, assim, pegando-as delicadamente uma por uma, tive a sensação de estar lá, naquele tempo... Bem como você descreve, folhas amareladas, algumas palavras quase apagadas, e a caligrafia, pura obra de arte!!! Outro ponto que me saltou aos olhos e ao coração, lendo o seu texto, foi Rilke, pois ele é o meu favorito. "Cartas a um jovem poeta" é lindo, mas "Cartas do Poeta sobre a Vida" é avassalador, você conhece? Vale a pena! Abço.

. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

EU RETIRO MEU PRIMEIRO COMENTÁRIO!

Eu vivia numa puta mentira! E tudo aquilo lá em cima era ilusão!
resultado de cobranças e de brigas chantagistas de uma PARASITA DOENTE!
QUERO QUE ESSE PASSADO SE EXPLODA!

RETIRO TUDO ISSO!

A ÚNICA MULHER que me tem por completo se chama Nane Gutierrez!
A única que eu amo e a única que já amei de verdade nessa vida!

Ninguém mais no mundo, somente Ela!
Agora sim eu vivo e respiro!
Leonardo Dognani