quarta-feira, 13 de maio de 2015

Circular regresso


Amor e Solidão gritam dentro e fora de cada um...

Nas manhãs claras e noites

Na ausência da Lua cheia

Nem escuridão - nem Luz.

Quem nasce Poeta nasce só, nasce envolto das letras

Escreve só - Escrita antiga pautada por dor profunda,

Ditados rasos e ditadas por estar só diante tanta opressão

Solidões causadas, causas e efeitos

Distantes de tanto sentir - sair

Circulares cantos – rodas cinzentas

Mandalas - amistosas giram ao redor - ilusão

Algumas linhas sangram, nos espaços desprotegidos

Desencontro da paz é silêncio confuso

Tranquila ilusão de 47 estações...

O ar sopra árido na face, branqueamento

Meus abraços apertados, perdem força

Nem singular – nem plural

O capital avança e torna tudo individual, distante

Poucos corpos ainda adentram a alma

Único sem fim véu escuro

Lembram viagens imaginárias,

Saudades dos contos, das crônicas – dos poemas

Da brisa suave sobra o vácuo sereno – Deixei de Ser

Meus cantos e os dos outros não exalam tanta luz

O ar rarefeito não é coletivo, dessabor de gostos antigos

É instante passageiro, Eterno Transborda invernos

No intercâmbio das almas, de buscas desmedidas
Ausente dos Outros.
2014/2015

 




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