Circular regresso
Amor e Solidão gritam dentro e
fora de cada um...
Nas manhãs claras e noites
Na ausência da Lua cheia
Nem escuridão - nem Luz.
Quem nasce Poeta nasce só, nasce envolto das letras
Escreve só - Escrita antiga
pautada por dor profunda,
Ditados rasos e ditadas por estar
só diante tanta opressão
Solidões causadas, causas e
efeitos
Distantes de tanto sentir - sair
Circulares cantos – rodas cinzentas
Mandalas - amistosas giram ao
redor - ilusão
Algumas linhas sangram, nos espaços
desprotegidos
Desencontro da paz é silêncio
confuso
Tranquila ilusão de 47 estações...
O ar sopra árido na face, branqueamento
Meus abraços apertados, perdem
força
Nem singular – nem plural
O capital avança e torna tudo individual,
distante
Poucos corpos ainda adentram a
alma
Único sem fim véu escuro
Lembram viagens imaginárias,
Saudades dos contos, das crônicas –
dos poemas
Da brisa suave sobra o vácuo
sereno – Deixei de Ser
Meus cantos e os dos outros não
exalam tanta luz
O ar rarefeito não é coletivo, dessabor de gostos antigos
É instante passageiro, Eterno Transborda invernos
No intercâmbio das almas, de buscas
desmedidas
Ausente dos Outros.
2014/2015
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