Resiliência Alcoólica
Esparramei no meio fio
Um dia desses
Sete e treze da manhã, fazia frio...
A nevoa ainda teimava em pairar na Periferia
Da minha mochila – de alta tecnologia
Tirei um vidro de Cachaça
Dei um trago, vontade de vomitar
Dei outro trago, mal estar generalizado
Outro, pensei que ia morrer
Depois, absorto estou
Atordoado, esparramado sorria ao ver o Sol
Penetrando nuvens baixas, o dia nasceu azul – Enfim
Belo!
Entorpecida manhã.
Levantei e cambaleei – No ponto tudo ficou belo.
Ali fiquei até as Dez da manhã, contemplando, apreciando...
Na Padoca da esquina recomecei
Quando recobrei a consciência
Já no PA Vermelhinho
O gosto amargo doce da glicose na boca - o barulho ensurdecedor
do mecanismo gotejante do soro em meu braço transpassado de lado a lado.
do mecanismo gotejante do soro em meu braço transpassado de lado a lado.
Na maca - no corredor, sem documentos, com a cabeça
rachada.
Não me lembro mais quem sou – Amnésia Eterna dos Dias.
Só lembro da saudade
Que sinto de você
Minha... Amiga!
Cachaça Amada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário