terça-feira, 31 de maio de 2016

Ondas - 20 graus

O vento
Não vem
Causando Amor
Interno declive

Síncope poética
Aludiu o coração – as linhas destruídas
Dentro da cabeça
Ondas uniformes – 20 graus
Causando Amor

Terremoto manual
Virilha adentro
Olhos do nevoeiro
Aludiu a chuva
Na noite
Fria...

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Hipotética Jornada

Improvável Jornada
Hipotético Choro
Revolto contido na face
Nos Olhos
Ouço a marcha fascista
Borrachas e pancadas
Bombas espirituais
Sem refúgio aparente
Armo - Amo
Últimos recursos
Afogo as sombras
Em minha barricada
Estaciono o fuzil
Todos e todas correm - caem
A cela vai acolher
No beco disparo a esmo
Liberdade desmoronada
Fuga para o cais - Cidade deserta interior
Vidas desmancharam
Aquele corpo é o meu
Poesia de uma ruína
A resistência vai tombando
A direita descartada
Lugar sanguinário sem vida
Destroço universal
Partes despedaçadas do coração...

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ruas e Arestas


A Poesia
E suas Linhas
São pequenos fragmentos
Das Almas Vivas
Do tempo

Descomedido Olhar
Procurando Vultos
Cantos e Arestas
Reencontrando
Memórias...

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Parábolas

Enlouquecer é desígnio dos Dias
Líquidos...
De cana – de cevada
Fenecendo 
Raros Segundos 
Passados
Tormentas - Outrora Poesia
Farrapos gestuais desumanos
Sem Sonhos ao Anoitecer
Caminhadas Curvas - Ocupações - Parábolas
Boemia Fria
Sem Música e Poesia.
Discursos vazios
Que a vida não tem...
Maio de 2016.

sábado, 14 de maio de 2016

Peso das Coisas

Voar é para poucos
O peso das coisas
Atrapalha o planar
Tem ódio no ar
Nos olhares
Na boca espumando - (Feito cachorro louco!)
Amor silenciado
Lágrimas pesadas
Contaminadas
Por venenos tênues
Beijos virtuais
Perna trêmula teme a repressão
O sangue quente reage
A palavra grita
Mas, não trunfa
Marcha em silêncio
Só a matiz cinza renasce
Norte morte da avenida
Repetindo a tirania de Fascistas
Marchando
Contra nossas Mentes e janelas abertas
A curva engana
Nuvens escuras – prenunciam a tempestade
Não enxergamos o céu
Corpo cansado, sem asas.
Caí...

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Dias sem Sol

Em vidas passadas
Escrevi em todas as Pedras
Dilacerei caminhos e mares
Andei
Ultrapassei planos ocultos
Invadi as Dimensões do grão de areia
Acordava Sempre
Com água fria
Invadindo Sonhos alheios
Sem culpas – sem sentidos
Hoje
A Vida é por dia – Dia...
Arranhando Outros Caminhos
Outros Poemas
Na dúvida que não lembro mais...
Dos dias sem Sol
De Vidas Recentes... Inócuas...
Sem Vento... Sem Ar. 

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Dias & Trevas

São dias de Trevas
Atmosfera pesada
Fascistas decrépitos crescendo nas Sombras
Cansadas Trincheiras
Desistir de Algo
Pode não Ser
Abandonar tudo
Esvaziar a consciência
Fechar Livros
Empoeirar um pouco
Silenciar
Mas,
Persistir em respirar
Na Insistência do Dias

Na Desistência da Alma 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Vestes...

Um dia desses usei suas vestes
Embaracei seu cabelo
Assim... Traçando linhas – Trançando Adornos...
Vales
Inventando verdades
Invitando intimas carnes
Crua como deve Ser
Riso Risco dantesco
prazer em percorrer
Dançando seu corpo nu
Foto libertina de pele e boca – editando, meditando.
Chama – chamas dentro de ti
Curvas – línguas – salivas – enlaces...
Malicioso som – cor
Bela e profana matiz do beijo
Dorso doce açoitando desejos
Tem olhos secretos no coração
Amor e Ilusão
Corpo copo desejo ação
Fulgente escuridão completa
Complexa
Sagrado ofegante êxtase
Cabelos negros – olhos negros
Inflama espelhos, penumbra poética
Incendiando corpos... Vilipendiando Morais...