FACES & FARDOS
Em cada caminhada, nas ruas, na mata – no espaço
Vácuo
Quando encontro faces
São caladas, mudas, ébrias na mata densa
Emitem o tom de tombar
Miséria da escrita toda
No isolamento em capelas espinhosas
Da janela contemplam – a ilusão da varanda de cristal
Ao caminhar demais, com os pés em chamas
O pulmão cansado – O coração extenuado
A senda ameaça a voz árida
São passos ermos, trilhas vazias...
Não encontro o Sol nascente
Passo
Onde vagam códigos velhos
Vago
Pelo poente
Carregando energias de provérbios domesticados - antigos
Fardo
Farda
Peso
Vestindo pensamentos, verves...
Na fuligem do olhar – cansado.
Vácuo
Quando encontro faces
São caladas, mudas, ébrias na mata densa
Emitem o tom de tombar
Miséria da escrita toda
No isolamento em capelas espinhosas
Da janela contemplam – a ilusão da varanda de cristal
Ao caminhar demais, com os pés em chamas
O pulmão cansado – O coração extenuado
A senda ameaça a voz árida
São passos ermos, trilhas vazias...
Não encontro o Sol nascente
Passo
Onde vagam códigos velhos
Vago
Pelo poente
Carregando energias de provérbios domesticados - antigos
Fardo
Farda
Peso
Vestindo pensamentos, verves...
Na fuligem do olhar – cansado.
10 comentários:
Não sei quem vence!
Não sei quem leva a melhor
Só sei que um sorriso teu
Fez desabrochar das pedra uma flor
Com ela teci um tapete
Engalanei a sombra dos teus passos
Escrevi um derradeiro pedido numa pétala
Rogando a infinita ternura dos teus abraços
Abraço
de arrasar, este poema
amei!!!
(Ygor, não faltes a escrever no minimos...)
:)
bjs
ana
É velho!! Nas caminhadas nem sempre encontramos nossos passos, muitos que nos acompanham somem durante a noite.Passos que mudam a direção, passos passados.Desfazemos de nossas bagagem para aliviar nosso peso e assim sobram só poesia e blues
falouuu
Poema bacana
Gostei ..!
Perfeito o poema.Sempre carregamos fardos nas nossas caminhadas que são necessários a aprendizagem pra vida.
É aí que está a verdadeira essência de tudo, Everaldo: a solidão, que nos acompanha quer vamos ao céu, quer caminhemos para o desespero. E que fardo levamos, que nos acompanha e não nos conforta?
Desses seus últimos poemas, este é o mais concreto, discursivo. Não diria o melhor, mas há nele a significação absoluta do que existe em todos nós.
Abraço.
Ipsis
Olá, Everaldo.
Cheguei até aqui por meio do blog "Trem da Lira". Adorei os teus poemas. Vc escreve muito bem!
Me adicionei para voltar e ler-te mais vezes.
Um abraço,
Patrícia Lara
Caminhadas duras, sóbrias mas com objetivo de um dia poder ver o sol, paz.
Evoé!
(Gostei da voz...)
Fantástico.
Escrever não é a coisa mais simples da vida, lapidar as palavras e usá-las e momentos certos pra descrever situações que vivenciamos é outra tarefa complicada. E você consegue fazer isto com facilidade, parabéns.
Sinceramente, concordo contigo: carregamos sempre algo em nossas costas quando estamos percorrendo o caminho da vida.
@ProjetoKraft
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