Doce desEncontro
Doce desEncontro
Tentar escrever poemas
Tentar os outros – outras
Em relevos distantes, nas estradas
Montanhas
Praias desertas
No engano
Onde o rio encontra o mar
Escrevo acordes que não acordam
Sem abraços traços
Na inércia que o esquecimento trás
Sem consolar
Meu verso atravesso – travesso crespuscular
Narra o sonho e o real distantes
Não enche de paz
O coração vazio de sangue – instante - ardil
Que a chuva não trás
Amanhã virá - ao som da alfaia
Com ares de profundo prelúdio
Semeando vazios no mundo
Perdido, perdido sempre...
Despeço de longe
Vertendo horizontes
Nos lentos caminhos
Da vez – sozinho
No aceno da brisa amena
São falas do exílio
Desencanto circular em flor
Do aceno que não fiz
Extintas camadas – profundas
Extinguem ideais – não faço morada
Ilusão do caminho em mim
Desfaz esperanças em opostas jornadas
Para o começo
Do fim...
Everaldo Ygor - Fevereiro - 2010.
6 comentários:
Nada perde para os melhores poetas que já li. Excelente no conteúdo, no trabalho do ritmo, na harmonia das palavras e no deleite final, pra nosso júbilo, obrigada autor!
beijo
*ops, perde sim, no reconhecimento e nosalário,rs
Eu andava com muitas saudades daqui. Seus poemas continuam me deixando sem ar,rs. Não sei porque, esse me deixou melancólica...
Livro, mudei o endereço do blog, se puder atualizar... Beijo.
www.compostodecarbono.blogspot.com
Daí morre? Acaba em morte?
E no vazio preenchido pelo belo ritmo da verve poética doce (re)encontrando pela arte o encontro, (des)esvaziamento mágico do ser só, generosamente oferecendo luz a sentimentos antes não nomeados que tantos sentem e, lendo-o, tiram do sufoco e da sensação de solidão. O esforço do escritor que liberta o leitor do que antes faltava nome...
beijos, achei fantástica essa poesia!
gostei muito desse poema, e do blog como um todo, cara parabéns, eu sou poeta tb e gosto de ler poesia bem feita como a sua.
Louvavel 'des'encontro!!!
Eis aqui um surpreendente "novo cais"...
Voltarei!
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