domingo, 26 de abril de 2015
A Paz, não ocorre só na
Poesia, nem nos interiores da mente criativa, nem nas métricas e versos dispersos. Ocorre
adjacente com a busca da felicidade, da ação e de melancolias cíclicas. No Desapego - Vivenciando
a práxis, Arte e meditando estruturas complexas encontramos atalhos, as vezes
prolongam o caminho, dilatam desencontros e ainda aumentam repertórios que mais
tarde reapareceram na forma do cordel, entrelaçado em nossas cordas vocais.
Distantes dos tradicionais encontros vocálicos. Passagens imateriais para
a Gratidão - Nuvens de cima - de baixo provocam novos encontros, historias originais. Sem
estética, na renuncia de versos livres - desenhando claros semblantes em
intensas vestes e Mascaras no Céu Azul.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Ser Estrela
Partições e Dimensões
Do Coração
Da Poesia
Do universo
Brotam vertigens,
De solidão – de Luz
Vasto - vazio espaço
Ocupa pelo Blues da melancolia,
pontos cintilantes teimam em Ser estrelas
Olho o céu noturno, contemplo
calado
Silêncio - não aguento isso.
Postado por Everaldo Ygor às 09:52:00 1 Andaram Por Aqui...
quarta-feira, 22 de abril de 2015
- Mato Cheiro Verde
O cheiro do Mato é verde
O da Alma é sândalo
O da Poesia – solidão
Amor também,
Mas o combustível vital
É solúvel alcoólico nas profundas solidões...
Nuvem açucarada & esfumaçada
De Tabacos lúgubres
Redes pendem em troncos sólidos – pende a Alma
Corpos flutuam ao Sol, ao Luar – aos Dias.
Ausências, ideias, fogo anoitecer.
Estradas cercadas pelo assombro Mato – terra batida
Vácuo olhar ao redor
Carvão em brasa – tempero aguça o paladar
- Cheiro Verde banhado - cântico azul dos pássaros.
Insetos rodeiam cabeças densas, ouvidos sofrem zunidos.
Corpo mordido, aferrado ao som do Rock Clássico.
O Rio largo cristal impulsiona flexões em sua
correnteza
São passagens água – ouro verdes
O mato mostra sua cor revés - coração
Mostramos nossa Poesia.
Por nós mesmos, pelos Outros
Pela náusea de dar certo ou errado
O importante sombrio é a certeira Poesia.
Postado por Everaldo Ygor às 10:08:00 0 Andaram Por Aqui...
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Cidade Sombra
Andanças pela cidade cinza
Oca - vazia
Felicidade não encontro
Encontro sombras pelas calçadas
Não quero ver as pessoas
Procuro estranhos espectros
Caminham ocultos em ruas paralelas ao Ser
Protegidos pela fina e escura Maia
Não causam medo, acarretam sons sutis e cheiros agudos
Caminhar sob e sobre sonhos claves
Vai passar - até bifurcações sanguíneas
São dutos do coração - obstruídos
Da vida árdua dos dias
Da solidão intelectual
Do(a) acompanhante não sociável
Utopia sombra
Passos mecânicos isentos de sorrisos
O caminho não é florido
Nem de águas mansas, me perco no remanso
As pessoas são sombras de máscaras invisíveis
O Resíduo cinza é cor de sorrisos parcos
Escassos na cidade
Escassos nas Andanças.
Postado por Everaldo Ygor às 11:48:00 0 Andaram Por Aqui...
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Consciência a Deriva
A deriva no mar
Ao lado de sargaços poéticos
Ilhas interiores ladeadas de sangue
Regiões inexploradas
Agora densamente exploradas
Devastadas por antigos e intrusos navegantes
O santuário interior agora é publico
Ocupado por grandes quantidades de vazio
Na orla média
Areia de ossos sem cálcio
No olhar
Amarelo de doença crônica
Na fala muda
O ato de pronunciar palavras belas foi esquecido
Vence o silencio
Sempre!
Postado por Everaldo Ygor às 09:31:00 0 Andaram Por Aqui...
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terça-feira, 14 de abril de 2015
Folhas
Existem Poemas que são únicos
Existem dias que devem Ser esquecidos
Recordar os que se foram, é exercício funesto.
Mas, suas obras são fundamentais.
Fundamentos da Humanização
Da distancia entre o vil e a Claridade
Sempre que uma pagina é virada
Algo acontece dentro e fora das consciências
As mesmas que lutam para não se render
Lutam para continuar a Lutar
E assim os livros resistem
Os Poemas não fenecem
E a Vida vai, pairando em folhas brancas
Ainda sem conteúdo
E a Vida vai preenchendo as folhas
Colorindo capas – disfarçando existências
Existindo em vagos Vazios.
Postado por Everaldo Ygor às 09:28:00 0 Andaram Por Aqui...
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quarta-feira, 8 de abril de 2015
A Grande Maia
A Grande Maia
De acordo com a Tradição Teosófica,
a Grande Maia tem sete véus que a encobre... São os mesmos véus que encobrem
nossa frágil vida humana, encobrem o verdadeiro Amor, soterra os princípios da
humanidade e transforma a amizade em um braço do capitalismo...
- Ausentes, distantes da própria cor.
O véu é belo, tem tons
suaves de azul em renda rara indiana, cheira a sândalo e quem o usa embeleza a
Alma...
O mesmo véu - cega, diante
de tanta injustiça, deixa míope diante tanta violência...
O outro véu é ouro, reluz
durante o dia e a noite, faz pessoas e não pessoas ostentar a frieza e assumir
a mesquinhes dos dias atuais...
Os outros estão ai,
embutidos no patriarcalismo, na sedução pelo acumulo de riquezas, no crescente
fascismo - enfim nos dias de tecnologia e obscurantismo de hoje...
- Vazios, distantes do próprio véu.
Mas, a quem diga que os
mesmos véus tem outo significado, oculto até, que não compete aos frágeis humanos
sua frívola interpretação...
Sendo assim, o melhor é se
despir de todos os véus e tentar enxergar que somos, tão somente e ínfimos humanos
vagando no cosmos...
Sonhando ainda em Ser!
Aquário, Fevereiro de 2013.
Postado por Everaldo Ygor às 18:43:00 0 Andaram Por Aqui...
terça-feira, 7 de abril de 2015
Chuva Vazia
Quando chove palavras
Muitas são vazias
Como os Dias
Quando o calor coroe
o corpo
dói de tempos vazios
de tantos vazios
Os olhos doem de tanta verdade
A voz entoa vogais breves
As palavras libertas
Cessam sua existência
Silenciam violões ao Luar
A boca e o corpo
Clamam por mais um trago
Alcoólicos sem graça
Sem fome
Uma bobagem ao anoitecer
Lágrima
Diz
Quando
vai acabar...
Postado por Everaldo Ygor às 12:37:00 0 Andaram Por Aqui...
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sábado, 4 de abril de 2015
Pare!
...Adiante ou parar o mundo, parar
as ideologias, parar as guerras, para todos, todas poesias... Desiguais como
deve Ser. Falta luz, falta gente que faz reluzir esperanças, o ar hoje sopra
sem intensidade, quando do advento da luz – vem da Lua cheia e nossa ação
dissimula seu opaco brilho. Parar o poder, que anula o brilho. Parou a Essência
de raios refratários em almas regressas, pregressas de liberdade - nem plural
nem singular pode iluminar retornos, curvas e retas. O prisma do olhar perdeu a
mágica de observar almas inquietas, almas incautas, mas o brilho ainda brilha com
sua opacidade natural. Possui pequenas fagulhas que não podem parar o raro Amor de
Iluminar. Nem parar a arte de Cessar...
Postado por Everaldo Ygor às 11:07:00 0 Andaram Por Aqui...
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