terça-feira, 23 de março de 2010

Caminhos de Outono



Na manhã Outonal
Suave veio o Sol
Na boca o prenúncio da fala – é final de Março...
Por aqui
Nem rios, nem oceanos
E assim
A garrafa com a mensagem
Nunca chega, nunca chegou.
Nem a nau dos loucos
Nem a nau pirata




Resta
Só um gole do velho rum
Envelhecido em barril de carvalho
Padece o homem em névoa
Do hematoma na nuca coração
Contemplando, deitado - inerte
Desenhos, passageiros – além
Do céu azul - profundo & belo
Nas nuvens brancas, cheias - Outonais.


Fotos: Everaldo Ygor
Aiuruoca, MG - Jan. 2010.


7 comentários:

Pobre esponja disse...

Na poesia sou o "Cidadão das nuvens". Tudo a ver essa poesia: amo muito tudo isso!

abç
Pobre Esponja

Cris de Souza disse...

Um sopro !

Sandra C. disse...

Flutuei entre nuvens no céu das palavras...
E leve as palavras brotavam nas linhas das imagens!
Bela paisagem!

Daniel Silva disse...

não curto blog de poesia, mas você escreve muito bem. parabéns.

abraço

Mauro Aniceto disse...

Everaldo,lindo poema ! realmente o outono tem seu brilho ofuscado, mas é tão belo quanto o verão e a primavera.Parabéns poeta e voltarei!

blog disse...

Este vai além dos símbolos e volta a si mesmo. A expressão poética, de fato, não passa disso, não é?
Isso é bom.

E bom também é estar de volta.
Abraço

Grijó

Anônimo disse...

É outono, aqui onde moro chove e faz sol e calor e frio, tudo numa trade só.