segunda-feira, 22 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Agora é Dilma!
Saudações Poéticas
Everaldo Ygor
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domingo, 19 de setembro de 2010
Peso Bruto
Setembro 2010.
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domingo, 25 de julho de 2010
A Queda
Caindo e caindo
Algumas pesadas
Outras
Leves como plumas
Vão
Caindo, caindo
Do inconsciente
Da boca
Indo, indo
Cai
Tocando o outro
Pode-se ouvir
O som do toque
De outros silêncios
De todas
As palavras
Caindo
Caindo
Saindo
C
a
i
n
d
o...
Junho e Julho de 2010.
Foto da exposição do Aquilar no Espaço Cultural Banco do Brasil SP.
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terça-feira, 15 de junho de 2010
Inquietude
A inquietude é assinatura das linhas, pulso de vida, pulso das letras todas. Move-se por campos interiores, definitivamente fora do cotidiano, lentamente, mergulha em regiões frias, desoladas de ordem. E o olhar é companheiro, alma sobrevivente em tamanha caminhada, circular e infinita em seu fim.
Tem ecos nas vísceras, no coração, mas também tem raízes de uma árvore gigante, invertida em sua origem. A solidão forja novas velhas criações, fotos e poesias vazias em sua plenitude, feridas no centro nervoso, individuais em sua arte, em seu momento sutil e breve – efêmero arrepio irrigado pelo frio intenso.
O mundo vai consumindo seu tóxico predileto, vai socializando a fumaça, a radiação e todo o tipo de lixo que não se pode reciclar, mas os resquícios da escrita, da ilusão adjetiva ainda estão lá. Em uma guerra de vários fronts, guerra sem vencedor, sem noção, sem o sem...
Céticos inquietos, povoam os espaços, e até as flexões diversas, semeiam a discórdia do eu em um envelhecimento sem sentido, cruel, senil de crescimento e jovem em sua plena solidão. Carentes do verbo e do vento, depurando a inércia dos confins de ti mesmo... Corroendo os mesmos caminhos antes percorridos - a vitalidade míngua, a vaidade reina, e a verdade anacrônica em sua essência pátria deixa para trás a velha inquietude dos dias.
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domingo, 16 de maio de 2010
Arritmia das Linhas
Na falta dos meus sinuosos sentidos
Na fala total dos significados do som
Aguardando a volúpia dos dias
Da Lua longe da face nua – fria
E o Sol iluminando mentes sombrias
Na manhã ingrata - distante
Da desconexão com os outros
Nas raízes escondidas da luz
Nasce a isquemia silenciosa
Obscura...
Vácua
Voracidade veloz
Da vertigem silenciosa
Incurável da frágil cidade
Interna de um sonho acalentado
Por arritmias
Nas letras - insólitas de minha morada.
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domingo, 4 de abril de 2010
Dias Marinhos - Minerais
Estonteantes
São os dias – submarinos, imersos
Vencidos os minutos
Restam as horas - desfeitas
Fracassado o tempo alento
As imagens passam, ficam nuas
Saudades de um emaranhado de estradas tortas
Restos ternos
Falas brancas – confusas no fuso horário
Antigas afugentadas
Complexas águas fluentes - turvas
Salgadas – silenciosas
Mudando sempre o sentido da maré - ligeira.
Na areia à deriva
Deixo mensagens - esculturas minerais
Deixo ela entrar.
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terça-feira, 23 de março de 2010
Caminhos de Outono
Na manhã Outonal
Suave veio o Sol
Na boca o prenúncio da fala – é final de Março...
Por aqui
Nem rios, nem oceanos
E assim
A garrafa com a mensagem
Nunca chega, nunca chegou.
Nem a nau dos loucos
Nem a nau pirata
Resta
Só um gole do velho rum
Envelhecido em barril de carvalho
Padece o homem em névoa
Do hematoma na nuca coração
Contemplando, deitado - inerte
Desenhos, passageiros – além
Do céu azul - profundo & belo
Nas nuvens brancas, cheias - Outonais.
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domingo, 28 de fevereiro de 2010
Doce desEncontro
Doce desEncontro
Tentar escrever poemas
Tentar os outros – outras
Em relevos distantes, nas estradas
Montanhas
Praias desertas
No engano
Onde o rio encontra o mar
Escrevo acordes que não acordam
Sem abraços traços
Na inércia que o esquecimento trás
Sem consolar
Meu verso atravesso – travesso crespuscular
Narra o sonho e o real distantes
Não enche de paz
O coração vazio de sangue – instante - ardil
Que a chuva não trás
Amanhã virá - ao som da alfaia
Com ares de profundo prelúdio
Semeando vazios no mundo
Perdido, perdido sempre...
Despeço de longe
Vertendo horizontes
Nos lentos caminhos
Da vez – sozinho
No aceno da brisa amena
São falas do exílio
Desencanto circular em flor
Do aceno que não fiz
Extintas camadas – profundas
Extinguem ideais – não faço morada
Ilusão do caminho em mim
Desfaz esperanças em opostas jornadas
Para o começo
Do fim...
Everaldo Ygor - Fevereiro - 2010.
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