terça-feira, 17 de julho de 2007

Folhas...

Folhas...
As folhas da minha árvore de tronco e membros
Tocam musicas pagans, as folhas escritas de poemas meus
Tocam poemas seus...
De inverno sem folhas, caules nus.
Do meu destino obliquo sinto a brisa etanol em minha face
Sem caules ou folhas, pernas delgadas, linhas escritas
A pluma leve como éter, tem cheiro de fantasmas noturnos.
Sopradas ao vento a mente sai.
Nem rosas nem cravos, pétalas rodeiam...
Fios de alta tensão, energia que se esvai
Sons dos sinos ao longe, bem longe...
Tocam-me sensíveis, toda minha insensatez...
Brumas leves são sopradas eu canto só ao longo das ruas, bares e refúgios ocultos...
Porões...
Everaldo Ygor
Nos dias de Maio...
18 Maio 2007.

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