quarta-feira, 25 de julho de 2007

BORBOLETA BLUES

BORBOLETA BLUES - Blue Butterfly

Tomado pela tempestade da saudade
Naufrago de meus pensamentos...
Ela veio e atravessou meu caminho
Sei que a mente e o olhar vão eternar esse movimento
Ela rodopia ao vento com o bater de suas asas
Está longe, longe...

A flor tranqüila espera o seu pouso e eu o meu poema...
A quietude toma conta da natureza
Seus desenhos, suas asas, suas cores...
Contam estórias de vôos, de pousos...
que só o mestre observou...
Das aves que voam e de amores que sobrevoou
E eu espero...
no olhar te desejo

Foi observada e observou amantes que amanheceram
E algumas vezes ousaram tocá-la...
Frágeis asas, corpo seu, saudade minha
Um corpo pequeno as asas cobrem, o corpo grande as asas
levam,
corpo que é corpo e belo, cor que é coração e toca.
Em um abraço mágico ela pousa à flor da pele,
adentra seu néctar e paralisa pôr um segundo,
rodopia e voa...

Roubou o néctar e meu coração na ponta da língua...
Todo o corpo sente o sabor e voa...
A asa veio,
a cor se mistura,
eu espero...

Outra flor, outra rosa, outra saudade...
Um cravo, talvez...
Outra borboleta, talvez...
Um casulo, talvez...
E tudo volta...
Talvez...

Everaldo Ygor, década de 90.

2 comentários:

Unknown disse...

Rodopiando esperando o momento certo, borboletas morrem cedo, mas muita coisa permanece

Lindo este poema

Borboleta Blues disse...

me he encontrado en tu poema...
muy lindo, aunque no se mucho el idioma pero lo que entendi me gusto mucho.
Gran saludo.