segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

FELIZ 2008!


Feliz final de 2007 - Feliz 2008!
Feliz dia de Novo!
Que toda a fumaça se dissipe para que o novo ano, novos dias, novas horas, possam clarear.
Em Beijo!
Everaldo Ygor & Parceiros

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Caixa de Natal




Caixa de Natal.
Essa é a caixa que ganhei de presente no Natal,
Não é a caixa de Pandora, nem uma caixa que contém mensagens de náufragos dos sete mares...
Colagem de dias de silêncio e contemplação.
Colagem de peitos compungidos, pássaros e borboletas perseguidas.
Caixa de ressonância, de pensamentos e vozes rarefeitas.
Lanço meu olhar na vastidão de todos os mares, deslizo meu pensamento em toda sua quadratura.
Apaixonar = morrer.
Pelo Amor de cada palavra, cada foto, me afoguei em poesia.
Senti os poderes do corpo feminino, intempéries que matam devagar.

O que será que veio dentro da caixa?
O mar ondulando desejos...
Água que um dia vai secar...
O Amor...
O vazio...


Um dolente dançar de cores, aromas e orlas.
Um canto de silêncio que convida ao retorno
Pulsando desejos e vidas perdidas.

Mergulho na caixa
Encontro corpos servis
Entre o Sol e a Lua de Belém

Quietude fatal – Natal.
Espero a revelação iluminada
Dos refúgios caixas,
Poemas e falas circunscritas no papelão

Seria a poesia da caixa túmulo ativo de pensamentos
Comunhão
Poesia inócua
Ou
Apenas o Sol de um novo ano,
Em dança frenética de flocos dourados
Enchendo de graça e alegria - iluminando todos nossos íntimos desertos.


Everaldo Ygor
Dias depois da caixa de Natal.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

...Feliz Natal...

FELIZ NATAL!
PAZ
SAÚDE
AMOR
E POESIA
EM BEIJO!
EVERALDO YGOR

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

:Poema Inverno e Dezembros:

Poema Inverno e Dezembros.
Dia amanhece,
Pós noite de fogueira fria...
Pinhas queimadas.
Salamandras e Almas dançando estáticas fotos.
Manhã - desce o nevoeiro - sobem espíritos azuis...
Paisagem verde, amarela, flores vermelhas...
É rio, som cachoeira... Cheiro de café passado, antigo.
É o manto dos teus olhos em noite fria.
Encobertos por lençóis,
Cobertas mentais, minha alma pesada e quente...

Dolente música de pássaros e insetos
Do cello, do violão... Do coração, do ar...
E meus passos na noite fria, em caminhos de velas
Azuis acesas...

De manhã tombam as folhas após batalha de geada noturna, com céu azul.
Sob e sobre o chão
Em árvores nuas
São gritos, meus gritos...
Desta sua ausência, presente sempre!
Imersão melancólica, íntimo olhar.
Mergulho em folhas secas, no teu cheiro, na fumaça, no fogo, no vinho seco em mim, em mim...
Em mim:
Flores, borboletas e escorpiões azuis...
Fotos: Everaldo Ygor
Everaldo Ygor

Junho 2007, revisado Dezembro 2007.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Mar Revolto

Foto: Everaldo Ygor

Caminhos...
Nem sempre levam a água,
Mas...
Podem levar ao abismo ou ao
Mar.

Mar revolto
Transo em águas vadias
Observo borboletas nuas
Belas, descabeladas – loucas

Meu tesão é verso insólito, tensão.
Inunda a pele branca amarelada - revolta
Desejos amantes – antes, incertos
Certos de tensão e vícios
Sucumbindo ao desejo louco.

Escorpião nu
Carne crua, quente e molhada
Espasmos trêmulos, gritos
Línguas sorvendo todas aberturas
Fechadas – venenosos intravenosos.
Mãos esguias como a noite.

Etílicos na boca beijo
Respiração ofegante
Desejos ocultos – cultos
Copos e corpos trêmulos.
Amores Errantes de falos e falas.
Flores vadias,
Erodium Cicutarium.

Everaldo Ygor
Dezembro 2007.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Eterno Retorno"

"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida" (CLARICE LISPECTOR)

domingo, 9 de dezembro de 2007


terça-feira, 4 de dezembro de 2007

"OLHAR"

Olhares
Próximos
Longes demais
Beijos, até mais.

Castanhos verdes, amarelos esfumaçados achocolatados.
Denotam notas
Escalas Musicais de Amor Pefeito - Flor

Profundo
Fundo de Olhar, cílios vaginais claros escassos... Fotos da cadência corporal.
Fundo de olho, funde coração. Pequenas roupas negras, detalhes pratas.
Fundo de corações cansados, amados, abraçados – sentados
Fundo do Mar Coral

*...Pego você em seu colo e na íris não reta, me olha profundamente Sem gemer inunda as minhas pernas, trançadas no teu colo
Esfregar o corpo no pêlo sem chegar na pele, mas senti-la pele...


Voando estrelas, barbas banquetes
Pão esperando amanhecer – Diálogos puros.
Carinhos línguas - em linhas faciais, cabelos fios em linhas da vida.

Everaldo Ygor – 05.12.2007
* Marlene Inês Kuhnen

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

SARAU DO ELO INCANDESCENTE CONVIDA TROUPOETAS

SARAU DO ELO INCANDESCENTE CONVIDA TROUPOETAS

Os troupoetas são simplesmente uma troupe de poetas, que apesar das porradas imemoriais sofridas, das escorregadas e atropelos desta malfadada civilização, ainda sentem prazer nas palavras e sentimentos, no som e nas loucuras da musa das musas. Os troupoetas são uma caravana de anarquistas, místicos, céticos, abençoados, malditos, malucos... Participações de Marlene Kuhnen, Everaldo Ygor, Arreba, Jaimão, Joel, Nanci, Rasta e muitos outros. Apresentação de Rogério Nogueira. Bar do Kbeça - Rua dos Samurais, 754 (próx. a praça Cosmorama) - V. Maria Escondida - Zona Norte - Sampa. 30/11, às 20h (sexta-feira). Entrada Franca. (11) 9769-5194 c/ Rogério

...SARAU DE NOVEMBRO...
- SEXTA-FEIRA, 30.11.2007 -
COMPAREÇAM!

Programação da periferia, na Agenda Cultural da Periferia
http://www.acaoeducativa.org.br/

sábado, 24 de novembro de 2007

.:.Estações.:.


Foto: Marlene Inês Kuhnen

Estações
Poemas felizes
São como as Quatro Estações
Todos nós temos um pouco
Temo de mais ou de menos

Tememos os amores
As liberdades
Um breve sentar a mesa
Um breve tilintar abraço

Para se deixar Amar
É preciso Ser as Quatro Estações
Sonhar ousado
Beijar a mesa
Temer menos
Abraçar & Sonhar mais

Estações para descer, sentir, subir – viajar...

Ultrapassar os lagos salinos.
Ouvir o violino dançar, olhar
Dançar dia e noite - sorrir

Sou filme mudo
Se sou primavera sou amarelo e preto
Verão Sol - preto no branco
Se outono, vermelho e branco
Inverno azul - branco de sua pele.

Everaldo Ygor – Nas Estações – Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro 2007.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

.:.EROTOMANIA TEXTUAL.:.MANIA-EROTA.:.


"... Cada linha tinha sua própria energia e era seguida por outra como ela. A própria substância de cada linha dava uma forma à página, uma sensação de algo entalhado ali. E aqui, finalmente, estava um homem que não tinha medo da emoção. O humor e a dor entrelaçados a uma soberba simplicidade. O começo daquele livro foi um milagre arrebatador e enorme para mim”.
Bukowski,Charles
Foto: Bill Brandt
Ao som do eterno Jazz de Duke Ellington - East St. Louis Toodle-oo, ela rodopiava ao olhar. O som penetrante vai noite adentro. Girava em dança frenética diante a janela semi-aberta, diante prédios e observadores longínquos... Próximo de minhas mãos, próximo de corpos etílicos acelerados, sentia o peito explodir em palavras cantadas, no calor químico, trêmulo, o corpo estava, dava início à jornada de vil prazer, na viril poesia... O pó espalhado sobre CDs e cômodas remete as fabulosas descrições de John Fante; finas camadas de pensamentos e fotografias, livros e borboletas, poemas e prazer. Vidas entrelaçadas, vidas com gosto de cerveja, vídeos desconexos na tela de um computador... O Pó destino das pedras e dos homens, o som ecoa na madrugada, as vozes em decibéis vorazes cantam, dizem juras, dizem verdades, apenas dizem... Em beijos elétricos profundos, em abraços descompassados... Poemas de Blogs de Tantas Andanças. Papos sobre Frida:

“...Y ahora sí maldita bruja
Ya te chupastes a mi hijo
Ya te chupastes a mi hijo
Y ahora sí maldita bruja...”

Movimentos corpóreos, perpétuos, brilhos de cada um, beijos molhados/lambuzados, beijos elétricos, abraços e afagos, a flauta nem tão doce, ecoa em pequenas caixas acústicas... - Ela disse:
- Adorei tirar a roupa dançando, vou aprimorar com cinta liga e corpete...
Pequenos adesivos infantis colados pelo quarto, observavam na penumbra...Um aparelho de som, que outrora tocava o som rouco e chiante do vinil. Na cabeceira esquerda da cama antiga, outra, com cara de símio observa sonos tranqüilos e interrompidos... Estão em toda parte. Dentro do congelador agarrados a uma calcinha picolé, imortalizado gosto... O corpo branco faz renascer o escorpião tatuado, faz de apoio janelas portais, faz jorrar internamente o pensamento gozozo de poemas não ditos. Seios a mostra no horizonte, Seres ouvindo urros noturnos, sorrateiros desejos móveis, movimentos FRENÉTICOS... Agarrada e segura com mãos fortes deixo assinaturas e versos em seu corpo. As velas espalhadas pelos móveis dançam sopradas pela ventania noturna... A via vento balançava o cabelo aloirado, pernas grossas e brancas, joelhos batendo, olhos reluzindo, tudo era dança. A calça deslizando lentamente/bravamente – tourada -, deixando à mostra as coxas roliças, os pêlos saltando, mostrava-os timidamente entre dedos, percorrendo e provocando... Olhos fechados, mãos no compasso do quadril, sobe agora para outro ato de incitação, lançar a camiseta branca ao ar, sexuais provocações... O corpo serpentino em malícia plena, em mim mirava o desejo, rebolado. Umedecido, presto atenção... Bailado hipnótico com movimento de Mar. Percorro lábios e vias interiores. Semi-luz-nus, os corpos iluminados, pensamentos internos externam vozes e sussurros poéticos... Incenso com gosto de sândalo, cheiro da Alma, de almas angustiadas, exalando erotismo e olhares perdidos, libertos naquele momento, presos digitalizados em fotos remotas procuram ansiosamente em compartimentos estanques... Procuram Amor - Instantes de insanidade, de leveza e peso do Ser, compreensões infindáveis que fazem falta nos dias remetidos em carta, em nostalgia invencível da inocência.
A fumaça do cigarro densa, confunde o paladar, olfato contaminado de CO2, cravo e canela... Névoa de pensamentos fazem desenhos perpendiculares ao teto, nas paredes, nas faces, movimenta um Arco-Íris mágico cantado pelas belas cores da criação, condensado em asas de arara, voando em cores e versos, história do povo de Chiapas. A leitura dramática da obra infantil, voz de contralto, torna adulto os pensamentos multiformes do quarto fechado, pensamento da melancolia do Blues, torna suave a visão da fumaça, torna florida a visão da noite lá fora... Cria a ilusão de dias melhores... Noite tardia, corpos cansados na cama, mente vazia, vento forte e chuva na janela madrugada, dia chegando... Na manhã, delírios matinais querem as repostas da existência, saltam das prisões mentais. Repostas? Onde estão todas elas?... Em nós mesmos, na dança, no som da criação, no beijo boca corpóreo, no abraço apertado da penetração, na face olhar, sempre. Eterno retoque a pintura viva que somos nós.

Autores: Everaldo Ygor & Marlene Inês Kuhnen - Dias de Novembro.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

..Encéfalo..

Foto: Joel Santos
Cabeças
São como caixas de ressonâncias
Pensamentos
São cunhas que abrem corações

Nas ruas o vento vira fumaça
Nas matas o vento trás pequenas e grandes mensagens
Ouvimos pouco
Ouvimos fumaça

Segredos revelados ao homem
Nas camas
Nas noites, crepúsculos mentais.
Na face, absorto estou

Versos dizem pouco,
Estrofes revelam segredos,
Poemas sovam corações.
Aos olhos dos outros
Cruel e Belo aos olhos dos outros,
Em todo tempo
Aos olhos dos outros...
E os nossos cansados olhos para onde estão olhando agora...
Para onde?

Everaldo Ygor – 07 de Setembro, revisado em Outubro e Novembro de 2007.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

...Vidros...


Vidros
Recipientes vazios
De água, cachaça e devaneios chuvosos.
Com botões e agulhas
Brancos transparentes
Amarelas opacas

Vidros de qualquer coisa, achados
Transbordando etílicos, perdidos
Flutuando botões
Afundando agulhas. Vazio Só = Áporo

Blues
Glass effect
Day of Good Heart
Desert
Alone but not lonely
Frágeis…

Vidros sem tampa, quebrados
Sem rosca
Usados, reciclados, vencidos... Novos.
Abertos... Sons do silêncio.

E no final, vidros incipientes

Sempre,
Sempre
Vazios...
Everaldo Ygor - 01 - Nov. 2007

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

"Dia do Saci - 31 de Outubro"

Através de Tio Barnabé, um dos seus personagens, Monteiro Lobato descreve o Saci-Pererê:
"O saci é um diabinho de uma perna só que anda solto pelo mundo, armando reinações de toda sorte: azeda o leite, quebra pontas das agulhas, esconde as tesourinhas de unha, embaraça os novelos de linha, faz o dedal das costureiras cair nos buracos, bota moscas na sopa, queima o feijão que está no fogo, gora os ovos das ninhadas. Quando encontra um prego, vira ele de ponta pra riba para que espete o pé do primeiro que passa. Tudo que numa casa acontece de ruim é sempre arte do saci. Não contente com isso, também atormenta os cachorros, atropela as galinhas e persegue os cavalos no pasto, chupando o sangue deles. O saci não faz maldade grande, mas não há maldade pequenina que não faça."
O Saci-Pererê é um elemental da natureza, duende idealizado pelos indígenas brasileiros como apavorante guardião das florestas. A princípio ele era um curumim perneta, de cabelos avermelhados, encantador de crianças e adultos que pertubava o silêncio das matas. Em contato com o elemento africano e a supertição dos brancos, recebeu o cognome de Taperê, Pererê Sá Pereira, etc. Tornou-se negro, ganhou um gorro vermelho e um cachimbo na boca. Em alguns lugares, como às margens do rio São Francisco, adquiriu duas penas e a personalidade de um demônio rural que faz travessuras e gosta de enganar pessoas. É o famoso Romão ou Romãozinho. Na zona fronteiriça ao Paraguai ele é um anão do tamanho de um menino de 7 a 8 anos, que gosta de roubar criaturas dos povoados e largá-las em lugar de difícil acesso. Talvez devido aos vestígios culturais trazidos pelos bandeirantes em suas andanças pelo sul do Brasil, o saci mineiro recebeu, além dessas qualidades do "Yaci-Yaterê" guarani, um bastão, laço ou cinto, que usa como a "vara de condão" das fadas européias. Sincretizado freqüentemente como o capeta, tem medo de rosários e de imagens de santos. Quando quer desaparecer, transforma-se num corrupio de vento.
Para saber mais: http://www.sosaci.org/
Segue dois vídeos no Youtube com clássicos do Saci:
Olha o saci !
Girasonhos "Olha que eu vi"

sábado, 27 de outubro de 2007

...Lá se vai mais uma Tertúlia...


Tertúlias são episódios surreais, manifestações egoicas de Seres que ainda teimam em vociferar verdades rimas e mentiras métricas... São momentos únicos, do vórtice da criação poética, da embriaguez eterna. A cada Sarau, momentos diferentes, vidas diferentes, vidas ausentes, anoitecemos. Velas, incenso, Seres, livros, tudo preparado para mais um ritual. Poesia, cânticos, representações, fumaça no ar e pessoas girando ao som da viola mágica... Mais uma festa! - Tocar a harpa da criação a cada Sarau, não é fácil, mas a resistência romântica de alguns faz a engrenagem girar, faz a poesia valer a pena, faz declamar os tímidos, os bêbados, os transeuntes, as almas nem tanto penadas... Sempre renascendo, ele vai... Em palcos, nas praças, nos bares, em todo lugar, ocupando os espaços de direito até o dia clarear. Em breve, mais um evento da discórdia cultural, mais um episódio da saga do Sarau do Elo Incandescente, dos Troupoetas, dos personagens que compõem essa história, dos argonautas do asfalto, das Musas, da poesia das esquinas de nossas vidas. Lá se vai mais um Sarau... Vou aguardar a Lua encher mais uma vez, para transbordar o coração daqueles Poetas que seguram a beleza e o peso da Lua, da Terra e todo o firmamento em suas costas... Poetas andarilhos, pára-raios móveis... Valeu!
Everaldo Ygor – 27.10.2007
Foto: Apanhador de Sonhos - Arte do Cabral - Sarau - Interior do Bar do Marquinhos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

SARAU DO ELO INCANDESCENTE & CONVIDADOS

SARAU DO ELO INCANDESCENTE CONVIDA TROUPOETAS
Os troupoetas são simplesmente uma troupe de
poetas, que apesar das porradas imemoriais sofridas,
das escorregadas e atropelos desta malfadada
civilização, ainda sentem prazer nas palavras e
sentimentos, no som e nas loucuras da musa das
musas. Os troupoetas são uma caravana de
anarquistas, místicos, céticos, abençoados, malditos,
malucos... Participações de Marlene Kuhnen,
Everaldo Ygor, Arreba, Jaimão, Joel, Nanci, Rasta e
muitos outros. Apresentação de Rogério Nogueira.
Bar do Kbeça - Rua dos Samurais, 754 (próx. a praça
Cosmorama) - V. Maria Escondida - Zona Norte. 26/10, às 20h
(sexta-feira).
Entrada Franca. (11) 9769-5194 c/ Rogério
...SARAU DE OUTUBRO...
- SEXTA-FEIRA, 26.10.2007 -
Evento especial: Festa surpresa do Niver do MC Rogério!
COMPAREÇAM!
Programação da periferia, na Agenda Cultural da Periferia

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

¨FOTO POEMA¨

Fogueira
Foto montagem: Psicodelia Poética
Everaldo Ygor

...Esquinas...

As esquinas
Pessoas, filmes, dias
Roteiros da pseudo-cultura
Roteiros dos pássaros da ignorância

São eles Seres extremos
Pobres e Ricos - Rimas...
Efêmeros Ébrios

Esquinas minhas
Mulheres de dia, Homens de tarde
Tarde demais
Dias demais

Espero anoitecer
Vou enlouquecer
Dai vou ter
Um breve efêmero momento de prazer

Everaldo Ygor
Esquina da Rua Augusta, no bar, nos dias de Outubro.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

LOS HERALDOS NEGROS - CÉSAR VALLEJO


LOS HERALDOS NEGROS
Hay golpes en la vida, tan fuertes ... ¡Yo no sé!
Golpes como del odio de Dios; como si ante ellos,
la resaca de todo lo sufrido
se empozara en el alma... Yo no sé!

Son pocos; pero son... Abren zanjas obscuras
en el rostro más fiero y en el lomo más fuerte.
Serán talvez los potros de bárbaros atilas;
o los heraldos negros que nos manda la Muerte.

Son las caídas hondas de los Cristos del alma,
de alguna fe adorable que el Destino blasfema.
Esos golpes sangrientos son las crepitaciones
de algún pan que en la puerta del horno se nos quema.

Y el hombre... Pobre... pobre! Vuelve los ojos, como
cuando por sobre el hombro nos llama una palmada;
vuelve los ojos locos, y todo lo vividose empoza,
como charco de culpa, en la mirada.

Hay golpes en la vida, tan fuertes... Yo no sé!
CÉSAR VALLEJO

Para ouvir o poema, click no link!
http://www.palabravirtual.com/index.php?ir=ver_poema1.php&pid=339

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Vórtice Cerebral


Vórtice cerebral
Branca
Fulgurações poéticas
Sonhos curvos atemporais

Percorrem fotogramas
Autoramas corporais
Etílicos dias
Máquinas corpóreas

Paisagens nuas
Pensamentos nus
Ornatos poéticos
Brancos
Everaldo Ygor – Sem Data.

Foto: Willy Ronis

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

DIA DO PROFESSOR...

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida. Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. - Os professores estaduais de São Paulo, em início de carreira, têm um salário 39% menor do que os do Acre. Enquanto um docente com formação superior e piso inicial de São Paulo ganha R$ 8,05 por hora, o colega acreano recebe R$ 13,16. O Acre lidera a lista dos Estados que pagam melhor seus professores em início de carreira, seguido por Roraima, Tocantins, Alagoas e Mato Grosso. São Paulo vem em oitavo lugar. Pernambuco tem o pior salário, no Acre foi onde as médias dos alunos de 4ª série mais evoluíram. Em São Paulo, a situação se agrava se levado em conta o custo de vida. Um professor que trabalha 120 horas por mês (30 por semana) tem salário de menos de R$ 966 e consegue comprar 4,9 cestas básicas. Já o do Acre recebe R$ 1.580 e compra 12,6. Ou seja, a diferença do salário/poder de compra chega a 60%. Já no Município a história não é muito diferente, infra estrutura deficitária, baixa remuneração, ambiente de trabalho deteriorado, superlotações das salas e ameaças constantes de retirada de benefícios. Segundo o sindicato, professores com nível superior que ingressam na rede municipal tem piso salarial de R$ 621,68. Fonte UOL

domingo, 14 de outubro de 2007

MISSIVA

Foto: WILLY RONIS
...Alcançar asas, parece difícil. Encontrar cadernos e folhas amareladas, reler meus versos, poemas velhos. Procurando resposta sempre... Querendo ouvir pensamentos dos outros, deliciando palavras indescritíveis ao meu lado, ardor de tarde nublada, observando lábios distantes, corpos desnudos, mudos. - Será?
Que a poesia toda vai me proteger do medo do escuro...

Everaldo Ygor - Pensamento 1999, revisado em 13.10.2007.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dia das Crianças - Mário Quintana

"Quando guri, eu tinha de me calar, à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de ficar calado para as crianças falarem".

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

#SONHOS#

Sangue
Sonho da Bruxa amada
Vida
Viva do sonho alado
Nuvem
Branca do mito da Paz
Sopro
Inerte da figura que aqui jaz
Árvore
Seca da Primavera
Cor
Bela e azul que cura a mazela
Esboço
Da Paz que nunca chega
Desenhos
Da Liberdade que se apagam
Técnicas
Do desenho sem lápis e papel
Folha
Transparente de papel cor do pensamento
Margem
Pequena do tamanho do assovio
Linhas
Fortes e fracas da nota musical
Imaginação
Fértil de um Doente Mental.
Everaldo Ygor - 1992 - Do Livro Estação Liberdade (Da Existência do Ser) - ESGOTADO. "Foto: Marrr - Mesa Sítio Girassol"

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

..Haikai..

Mente campsare
Corpo patescere
Sera?
Que a mente mentiri...
Haikai – Everaldo Ygor - Out.2007.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

TEMPO


Em tempo algum
Eles pensaram em tempo
Em tempo perderam o espaço
Sob o tempo ela se corroeu
E o tempo foi passando
E a engrenagem enferrujando
E os corpos envelhecendo
E o tempo
Sempre renascendo
As vidas se foram
Não houve trégua para o tempo
Mas...
O tempo ficou
Junto com ele uma inscrição
Que já dura milênios
Através do tempo
E que diz
Algo sobre o tempo
Que ecoa aos ventos
Ela diz...
Estação Liberdade (Da Existência do Ser)
Do livro Estação Liberdade (Da Existência do Ser) p.55 - 1992. ESGOTADO.
Everaldo Ygor

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Eduardo Galeano

"Escrevemos contra a nossa própria solidão e a solidão dos outros. Escrevemos, na realidade para as pessoas com cuja sorte ou azar nos sentimos identificados. Os que comem mal, os que dormem mal, os rebeldes e humilhados desta terra, e a maioria deles não sabe ler"
(Eduardo Galeano).
...Escrevemos a partir de uma necessidade de comunicação e de comunhão com os demais, para denunciar o que dói e compartilhar o que dá alegria. Escrevemos contra a nossa própria solidão e a solidão dos outros. Supomos que a literatura transmite conhecimento e atua sobre a linguagem e a conduta de quem a recebe; que nos ajuda a conhecer-nos melhor para salvar-nos juntos. Mas "os demais" e "os outros" são termos demasiado vagos; e em tempos de crise, tempos de definição, a ambigüidade pode se parecer demais à mentira. Escrevemos, na realidade, para as pessoas com cuja sorte, ou azar, nos sentimos identificados. Os que comem mal, os que dormem mal, os rebeldes e humilhados desta terra, e a maioria deles não sabe ler. Entre a minoria que sabe, quantos dispõem de dinheiro para comprar livros? Pode-se resolver esta contradição proclamando que escrevemos para essa cômoda abstração chamada "massa"?...
Eduardo Galeano

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

...Poehoras...

POEHORAS

domingo, 30 de setembro de 2007

O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado


Foto: Umberto Alitto

Um espetáculo carnavalesco promove o encontro entre um grande clássico da literatura mundial e as tradições populares brasileiras. O espetáculo O santo guerreiro e o herói desajustado faz uma
fusão entre as histórias de Dom Quixote de La
Mancha e São Jorge Guerreiro.O espetáculo se passa em uma metrópole onde Dom Quixote enxerga a imagem de sua amada Dulcinéia. Porém, seus nobres ideais de vida entram em choque com as regras e as leis desta cidade. O fidalgo e seu companheiro Sancho Pança se sentem perdidos a esta contemporaneidade e são ajudados por São Jorge, o santo popular, que lhes ensina novos valores. Desenvolvido com em um desfile de escola de samba, com carros alegóricos em formas de barcos e samba-enredo, a peça tem a intenção de fazer uma reflexão sobre o sentido do herói nas grandes metrópoles.




Vamos Festejar
(Marcelo Reis)

Vem...
Vamos festejar
Vamos festejar
O teatro se levanta
É Dom Quixote e Sancho Pança
É São Jorge em seu cavalo
Que vem nos visitar

Hoje eu acordei
De um sonho tão bonito
Que Brasil tão colorido
De gente alegre a brincar

Meu Deus quanta satisfação
A cidade sem miséria...
O povo bem tratado!
Uma revolução!

Acorda meu povo
Vem aprender a sonhar
Dom Quixote apaixonado
Num mundo civilizado
Vive sempre a penar!

O SANTO GUERREIRO E O HERÓI DESAJUSTADO
CIA. SÃO JORGE DE VARIEDADES
Local: Praça da República - SP - Metrô República - Data(s): De 15 de setembro a 28 de outubro. Horário(s): Sexta 12h, sábado e domingo, 16h. "Gratuito"
* Segue minhas impressões desse domingo feliz, frio e nublado, que clareou por volta das 16h.
A peça é uma grande e surreal roda, ciranda daquelas que não dá para ficar de fora...
Ao som da batucada, do Congo, da gente, rodopiamos no final... Do devaneio de um recital urbano. É uma manifestação bastante comunitária no que restou da Praça da Republica, na Região Central, ao poluído ar livre de Sampa,
"O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado" leva para o abismo do Herói, para os porões de nossa cidade, São Paulo, para os nossos velhos novos dias, o melhor a fazer é beijar a flâmula do Santo e rodopiar ao som da Cia São Jorge de Variedades, ao qual sou devoto. Enfim, espetáculo imperdível... Em beijo Everaldo Ygor!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

18:46 - 3333...

JEAN ARTHUR RIMBAUD

JEAN ARTHUR RIMBAUD

MANHÃ
Fui eu que tive, um dia, uma juventude adorável, heróica, fabulosa, digna de ser escrita em lâminas de oiro? - excessiva ventura! Por que crime, por que erro mereço a minha fraqueza de hoje? Vós, que julgais que os bichos soluçam de dor, que os doentes desesperam, que a morte tem pesadelos, contai a minha queda e o meu estupor. Eu, não me explico melhor do que um pedinte a entaramelar Paters e Ave-Marias. Já Não sei falar! No entanto, creio ter findo hoje a relação do meu inferno. Era bem o inferno; o antigo, aquele a que o filho do homem escancarou os portais. No mesmo deserto, sob a mesma noite, sempre os meus olhos lassos se levantam para a estrela de prata, sem que os Reis da vida, os três magos, coração, alma, espírito, respondam. Quando iremos, para além dos desertos e dos montes, saudar o nascimento do trabalho novo, a nova sabedoria, a queda dos tiranos e dos demónios, o fim da superstição, adorar - nós os primeiros! - o Natal sobre a terra! O cantar dos céus, a marcha dos povos! Escravos, não amaldiçoemos a vida!
Tradução Mário Cesariny
Jean Arthur Rimbaud(1854-1891)
(Iluminações - Uma Cerveja no Inferno, Assírio & Alvim, 1999)

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

POETAR

Vou poetar próximo de...

Cômoros corporais

Cômoros Pectus

Peitos, balas bolas bolachas.

Persona Lascívia

De brincadeiras

De embriaguez dominical

Vou liberar dessa moldura

Esperma em via laringotraqueal

Distonia do falo

Da fala

Da glande

Do desejo

Penitência dos Sentidos

Boca, bocas, poemas.

No poente de seus olhos

Na madeira açu, no centro...

Em bandas de lá

Do dia

Após dia...


continua...

Da obra inédita - Contos Eróticos de Everaldo Ygor. 2005.

Aos poetas clássicos - PATATIVA DO ASSARÉ

Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.

Eu nasci aqui no mato,
Vivi sempre a trabaiá,
Neste meu pobre recato,
Eu não pude estudá.
No verdô de minha idade,
Só tive a felicidade
De dá um pequeno insaio
In dois livro do iscritô,
O famoso professô
Filisberto de Carvaio.

No premêro livro havia
Belas figuras na capa,
E no começo se lia:
A pá — O dedo do Papa,
Papa, pia, dedo, dado,
Pua, o pote de melado,
Dá-me o dado, a fera é má
E tantas coisa bonita,
Qui o meu coração parpita
Quando eu pego a rescordá.

Foi os livro de valô
Mais maió que vi no mundo,
Apenas daquele autô
Li o premêro e o segundo;
Mas, porém, esta leitura,
Me tirô da treva escura,
Mostrando o caminho certo,
Bastante me protegeu;
Eu juro que Jesus deu
Sarvação a Filisberto.

Depois que os dois livro eu li,
Fiquei me sintindo bem,
E ôtras coisinha aprendi
Sem tê lição de ninguém.
Na minha pobre linguage,
A minha lira servage
Canto o que minha arma sente
E o meu coração incerra,
As coisa de minha terra
E a vida de minha gente.

Poeta niversitaro,
Poeta de cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia,
Tarvez este meu livrinho
Não vá recebê carinho,
Nem lugio e nem istima,
Mas garanto sê fié
E não istruí papé
Com poesia sem rima.

Cheio de rima e sintindo
Quero iscrevê meu volume,
Pra não ficá parecido
Com a fulô sem perfume;
A poesia sem rima,
Bastante me disanima
E alegria não me dá;
Não tem sabô a leitura,
Parece uma noite iscura
Sem istrela e sem luá.

Se um dotô me perguntá
Se o verso sem rima presta,
Calado eu não vou ficá,
A minha resposta é esta:
— Sem a rima, a poesia
Perde arguma simpatia
E uma parte do primô;
Não merece munta parma,
É como o corpo sem arma
E o coração sem amô.

Meu caro amigo poeta,
Qui faz poesia branca,
Não me chame de pateta
Por esta opinião franca.
Nasci entre a natureza,
Sempre adorando as beleza
Das obra do Criadô,
Uvindo o vento na serva
E vendo no campo a reva
Pintadinha de fulô.

Sou um caboco rocêro,
Sem letra e sem istrução;
O meu verso tem o chêro
Da poêra do sertão;
Vivo nesta solidade
Bem destante da cidade
Onde a ciença guverna.
Tudo meu é naturá,
Não sou capaz de gostá
Da poesia moderna.

Dêste jeito Deus me quis
E assim eu me sinto bem;
Me considero feliz
Sem nunca invejá quem tem
Profundo conhecimento.
Ou ligêro como o vento
Ou divagá como a lêsma,
Tudo sofre a mesma prova,
Vai batê na fria cova;
Esta vida é sempre a mesma.

Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.Tem inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais. Está sendo estudado na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel. Patativa do Assaré era unanimidade no papel de poeta mais popular do Brasil. Para chegar onde chegou, tinha uma receita prosaica: dizia que para ser poeta não era preciso ser professor. 'Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada nas árvores do seu sertão', declamava. Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro 'Cante lá que eu canto cá', o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para 'ser poeta de vera é preciso ter sofrimento'. Patativa só passou seis meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades. Discutia com maestria a arte de versejar. Aos 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, 'já disse tudo que tinha de dizer'. Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe emprestava o nome...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

SARAU DO ELO INCANDESCENTE CONVIDA TROUPOETAS

SARAU DO ELO INCANDESCENTE CONVIDA TROUPOETAS
Os troupoetas são simplesmente uma troupe de poetas e são os convidados do Sarau do Elo
Incandescente. São caras que, apesar das porradas imemoriais sofridas, das escorregadas e atropelos desta malfadada civilização, ainda sentem prazer nas palavras e sentimentos, no som e nas loucuras da musa das musas. Os troupoetas são uma caravana de anarquistas, místicos, céticos, abençoados, malditos, malucos... Os troupoetas são... são... sei lá! Com Marlene Kuhnen, Everaldo Ygor, Arreba, Jaimão, Joel, Nanci, Rasta e muitos outros. Apresentação de Rogério Nogueira.
Bar do Kbeça - Rua dos Samurais, 754 (próx. à Praça Cosmorama) - V. Maria Escondida - Zona Norte. SÃO PAULO - SP. 28/09 (última sexta-feira do mês), às 20h. (11) 9769-5194 c/ Rogério

FONTE: AGENDA CULTURAL DA PERIFERIA, SETEMBRO DE 2007, EDITADA PELA AÇÃO EDUCATIVA.

http://www.acaoeducativa.org.br/

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Cordel Do Fogo Encantado - O Cordel Estradeiro

Cordel Do Fogo Encantado
O Cordel Estradeiro - (Letra e música: Lirinha)

A bença Manoel Chudu
O meu cordel estradeiro
Vem lhe pedir permissão
Pra se tornar verdadeiro

Pra se tornar mensageiro
Da força do teu trovão
E as asas da tanajura
Fazer voar o sertão

Meu moxotó coroado
De xiquexique e facheiro
Onde a cascavel cochila
Na boca do cangaceiro

Eu também sou cangaceiro
E o meu cordel estradeiro
É cascavel poderosa
É chuva que cai maneira
Aguando a terra quente
Erguendo um véu de poeira
Deixando a tarde cheirosa

É planta que cobre o chão
Na primeira trovoada
A noite que desce fria
Depois da tarde molhada

É seca desesperada
Rasgando o bucho do chão

É inverno e é verão

É canção de lavadeira
Peixeira de Lampião
As luzes do vaga-lume
Alpendre de casarão
A cuia do velho cego
Terreiro de amarração
O ramo da rezadeira
O banzo de fim de feira
Janela de caminhão

Vocês que estão no palácio
Venham ouvir meu pobre pinho
Não tem o cheiro do vinho
Das uvas frescas do Lácio
Mas tem a cor de Inácio
Da serra da Catingueira
Um cantador de primeira
Que nunca foi numa escola*

Pois meu verso é feito a foice
Do cassaco cortar cana
Sendo de cima pra baixo
Tanto corta como espana
Sendo de baixo pra cima
voa do cabo e se dana**

*Ivanildo Vilanova, fragmento de um improviso
**Manoel Chudu

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

POEHORAS II

Infiéis temporais...
Everaldo Ygor

POEHORAS Poemas de Tempos e Horas, Infiéis Temporais De EVERALDO YGOR

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

PANORAMA - CÁTIA DE FRANÇA

Diversos são os autores e poesias que eu gosto de vociferar em minhas performances em nossos Saraus aqui em Sampa - BR e nas Cercanias. Este POST especial, vai para toda a Lusofonia que aprecia esse Blog. Faço parte de um grupo, o Sarau do Elo Incandescente, grupo nômade de Sarau Itinerante. Tenho predileção por um poema/música em especial, Panorama de Cátia de França:

Panorama
Cátia de França
Composição: Cátia de França

...vou colocar uma ratoeira no alto do edifício
pra pegar uns avião passando com muita zueira
sem ligar, sem atenção, perturbando o sono alheio
fazendo muito estrupício

das antenas de TV, vou fazer uma bela rede
de fazenda colorida pra pegar uns pensamentos
que por aí vão avoando, sem rumo, com atrevimento
separando eu de você

as casas de cobertura, são dos ricos, eu já sei
já que o chão tá ocupado, se assobem nas alturas
pensando que assim se consolam, são um bando de canários
presos numa bela gaiola

tudo isso não faz inveja pra quem vem lá do sertão
bicho de qualquer qualidade, soltinho na amplidão
jardim na frente da casa, cantando no galho um bem te vi
eu vou é m’embora daqui, eu vou é m’embora daqui...

Paraibana de João Pessoa, aprendeu na infância a tocar piano, violão, sanfona, flauta e percussão. Foi professora de música em sua cidade natal por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner. Participou de festivais de música popular na década de 60, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico. Em 1970 saiu o primeiro compacto duplo, com músicas vencedoras de um festival estadual. De volta ao Brasil, foi para o Rio de Janeiro, onde travou contato com outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Amelinha e Sivuca. O primeiro LP solo, "20 Palavras ao Redor do Sol", foi lançado em 1979, com músicas compostas sobre poemas de João Cabral de Melo Neto. Gravou outros discos nos anos 80 e em 1997 lançou o primeiro CD, "Avatar", com composições baseadas nos poemas de Manoel de Barros e na literatura de José Lins do Rego. Alguns intérpretes já gravaram músicas suas, como Elba Ramalho ("Kukukaya", "Oitava"). Chico César e Xangai participam de "Avatar". Everaldo Ygor.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

:Pôr do Sol:

Pôr do Sol
Ilha Comprida
Litoral Sul de São Paulo

domingo, 16 de setembro de 2007

sábado, 15 de setembro de 2007

¨Pensamentos Claves¨

Pensamentos claves
Irreflexão irrefutável
De claves não sons
Filtros que não purificam
Águas não potáveis, limpas de culpa.
Osciloscópios visuais, escuros de culpa.
Cegos, míopes perdulários. Sorver e absolver.
Pluralidade estanque
De dias de impostura
Eruptivo Ser de flexão verbal
Bulímico Blues que teima em baldar
Caleidoscópios claves de erupções mentais...
Everaldo Ygor - Revisado nos idos de 2005, 6 e 7.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

HAIKAIS DE BASHÔ

No primeiro aguaceiro
deste inverno terei um nome:
viageiro.

No mar sombrio
dourada ainda
a voz dos patos selvagens.
Agora é inverno
e no mundo uma só cor;
o som do vento.
Entre os lagostins
um grilo:
cabana de pescador.
De que árvore florida
chega? Não sei.
Mas é seu perfume...
Molhadas,
inclinadas:
peônias sob a chuva.
Nesta noite
ninguém pode deitar-se:
lua cheia.
Nem flores nem lua.
E ele tomando sakê
sozinho.
* Do livro Haikais de BASHÔ, tradução de Olga Savary, editora HUCITEC, São Paulo, 1989. Ilustrações: sumiês do mestre Massao Okinaka.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

[ ABRAÇO ]

...Nas cercanias, poucos sentiram a nossa falta. Após longos dias etílicos de prosa e movimento veloz. O abraço foi apertado, longo, perpétuo... Silenciosas faces com lágrimas mágicas douradas ao Sol querendo rolar. Debaixo da castanheira no Pomar ladeado de dois balanços antigos... Castanhas espinhentas ao chão. Vento breve seco. Balanço que era balança... Pesaram os nossos corações, o velho deus Osíris recitou o Livro Egípcio dos Mortos mais uma vez. Absorvi o sabor do silêncio de nuvens claras em azul céu, ouvi sua respiração, senti o pranto coração... Dei abraços que anteriormente não pude dar. Gestos, Afeto, Carinho e Perdão. Palavras não ditas, fortes, malas não prontas, pertences perdidos, lugares inexplorados, tudo era um abarcar apertado e profundo... Fusões sensíveis ao tempo, tudo volta e nem sempre tudo se encontra, reencontra no ritmo dueto de abraços, poemas calados, breves...
Everaldo Ygor – 09.09.2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

"Poehoras"

Infiéis temporais...
Everaldo Ygor

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

"Dicionário de Filmes Brasileiros"

Para os apreciadores da Sétima Arte...
Dicionário de Filmes Brasileiros de Antônio Leão da Silva Neto é um dos mais completos levantamentos já feito sobre a filmografia Brasileira. Fruto de 4 anos de pesquisa, o dicionário nos remete aos primórdios do Cinema Brasileiro em 1908, aos filmes mudos das décadas de 10 e 20, aos musicais dos anos 30, às chanchadas da Atlântida, Vera-Cruz, Cinema Novo, Pornochanchadas e o suposto renascimento...
Arquivo em PDF, vale citar que na mesma pagina de downloads do "esnips" temos o Léxico Guaraní, Dialeto Mbyá - Robert A. Dooley também em PDF... Enfim, é só clicar no link e baixar, ótima leitura para o feriadão de Sete de Setembro aqui em Pindorama.
Em beijo!
Everaldo Ygor

terça-feira, 4 de setembro de 2007

"FONTE"


Foto de Marrrlene Kuhnen.
Milho Verde - MG
Preto e Branco - Janeiro de 2007.

domingo, 2 de setembro de 2007

TANTOS...

Voando no noturno céu
apagado de estrelas
Vislumbro sem espanto
luzes artificiais
pontos amarelados
que movem-se
rápidos e lentos
São tantos, tantos, tantos...

Vi a cidade noturna
do alto
janelas apagadas,
espiando as asas
silenciosas
dos que voam
misturados as luzes
luzes, luzes, luzes...
quase tão silenciosas
quanto à dor

Precisei da ausência
a ouvir o som
estranho do espanto
olhos amarelos
dos que voam
espiando nas
janelas a
ausência de
noturnos
lentos e rápidos
Silenciosos na
Dor de

TANTOS, TANTOS, TANTOS...

- © Marrrlene Kuhnen - 31/08/07 -

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

...Conto Noturno...

Conto Noturno....
Caminhar na mata é absolutamente belo... Sem topar com o Concreto Armado calibre 45. Na laje recordava caminhos, andanças... A fumaça densa do fumo baunilha do cachimbo artesanal de bambu planava no ar, fazendo curiosas elípticas perpendiculares a Lua quase cheia... O pensamento abstrato misturava o agradável e denso aroma. O perfume passeava pelos telhados, lajes e pelo asfalto, misturando-se ao CO2 de poucos veículos transeuntes... A mente era êxodo em direções opostas às poucas nuvens que resistiam no firmamento, as estrelas menos ofuscantes, a Lua majestade era Luz nesse dia noite... Fumaça autóctone de lugar algum. A cadeira balançava no ritmo da fumaça encorpada, ao que parece a fumaça não só acalma ou entorpece as abelhas, os humanos sentem seu efeito mágico denso orgânico... Decolagem suave ao inconsciente, além do vôo mental, além da noite que começa a ficar fria... O vento dispersa minha fumaça, minha meditação, vapores existenciais vão, fixa minha atenção em movimentos vizinhos, fixa em mim... Olhar fixo nas cercanias. Ao meu lado repousa quase vazia a lata de cerveja preta com sabor de café com leite. Sons de latidos próximos... Disperso observo nuvens acinzentadas cobrirem parcialmente o Luar... Cubro-me com a velha manta vermelha e preta manchada pelo pó da estrada de antigos acampamentos, estradas... A Luz fraca da cobertura, ilumina diretamente a página 47 do livro -Absinto de Christophe Bataille... Finjo a leitura para mim mesmo, disperso totalmente. Trago a fumaça densa para os alvéolos interiores, tossidas ásperas como a trovoada seca... Ar rarefeito saliva breve. Ecos nesse não silêncio noturno. Volto ao meu centro, leio infinitamente os próximos capítulos, crio os meus próprios, torno-me o missivista local, levanto, a manta cai, caminho em direção a escada, desço... Anoiteço, na manhã seguinte, recolho os meus pertences na laje, cadeira, latas, anotações, cachimbo, manta, fósforos, memórias, livros e a saudade lida, espessa da noite Lua anterior...
- Everaldo Ygor - Na Casa Vitral - 2007.
* Revisão da Marrr...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Olhares...

Olhar
Em ti
Andar e sentir entre todos olhares.
Desabrochar
Em você
Declamar Poemas de ti em vocês.
Graça!
De Ter notado no olhar, declamado poesias de vocês em ti.
Experimentado poemas meus.
Segredando entonações, olhares e poemas dos seus em você.
Everaldo Ygor
Qui sono e qui resto!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O Alienista - Machado de Assis em quadrinhos...

O Alienista - É a versão em quadrinhos para a novela do Machado de Assis, feita pelos gêmeos Gabriel e Fábio Moon, do fanzine 10 Pãezinhos. O texto de Machado serve de base para a condução da HQ. Mas é na arte de Moon, pintada em tons de sépia, que a edição ganha seu charme. e Moon são excelentes ao desenhar, e isso que é fundamental pro Machado, rende um resultado sensacional. A história do mestre Machado de Assis sobre Simão Bacamarte e suas experiências científicas em Itaguaí. Uma obra que transcende o tempo, agora contada numa primorosa Graphic Novel, roteirizada e desenhada pelos gêmeos que estão conquistando o mundo com suas histórias em quadrinhos.O lançamento é da Agir...

domingo, 26 de agosto de 2007

Luzeiro

Luzeiro
Fagulhas cintilantes
Passaram sob e sobre a fogueira
Saíram dançantes salamandras
Cromossomos voadores
Vivos, leves em ar
Espíritos elementais rarefeitos
Da Lua quase cheia
Ilumina!
Fogueira Azul
Pinha queimada, eucalipto incandescente.
Ilumina!
Fumaças densas voadoras.

De sua quase presença...
Everaldo Ygor
22.08.2007 - Nazaré Paulista - Sitio Quatro Irmãs.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Nâzim Hikmet

O poeta turco Nâzim Hikmet nasceu em 1902 na Salónica (na altura, parte do Reino Osmânico) e morreu em Junho de 1963. Passou praticamente toda a sua vida na prisão ou no exílio e a sua poesia é lida em todo o mundo... Sem dúvida, é um dos mais belos e sensíveis poetas que já apreciei...

“O ar está pesado como chumbo – Eu grito, grito, grito, grito – Estar preso, não é esse o problema – Trata-se de não entregar os pontos...”

...O espelho encantado

Praga é um espelho encantado


Ao olhar-me nele


Encontro os meus vinte anos


Sou como um salto em frente


Sou como trinta e dois dentessem cárie


E o mundo é uma noz


Mas não quero nada para mim


Só a mulher que amo


A tocar os meus dedos com os seus


Que abrem todos os mistérios do mundo


As minhas mãos partem o pão pouco para mim


Muito para os meus amigos


Nas aldeias da Anatólia beijo olhos que sofrem de tracoma


E chego algures a terra distante


Para a Revolução mundial


Trazem o meu coração num coxim de veludo


Como se fosse a ordem da bandeira vermelha


Uma fanfarra toca a marcha fúnebre


Sepultamos os nossos mortos junto de um muro


Sob a terra Somo sementes fecundas


E as nossas canções estão escritas na terranão em turco, russo ou francês


Mas em cançonês


Lenine está acamado numa floresta com neve


Franze as sobrancelhas


A pensar em alguém


Olha até ao fim das trevas brancas


Vê os dias que hão de vir


Sou como um salto em frente


Sou como trinta e dois dentes sem cárie


E o mundo é uma noz


Com uma casca de aço


Mas inchada de esperança


Praga é um espelho encantado


Olho-me nele


Mostra-me no leito de morte


A testa alagada em suor


Como se a cera da vela tivesse gotejado


Os braços ao longo do corpo


A tapeçaria verde


E pela janela


Os telhados cobertos de fuligem de uma grande cidade


Esses telhados não são os de Istambul


Os meus olhos estão abertos


Ainda os não vieram fechar


Ainda ninguém sabe Inclina-te para mim


Olha nas minhas pupilas


Verás nelas uma mulher jovem


Na paragem do eléctrico à espera à chuva


Fecha-me os olhos


E em bicos de pés

Sai do quarto, camarada...
Nâzim Hikmet (Tradução de Rui Caeiro) Edição & etc (2000) Capa de Carlos Ferreiro
Edição de Portugal.
http://www.nazimhikmetran.com/

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Iracema uma Transa Amazônica

Mais uma solicitação atendida, foi pedido uma indicação ao Outras Andanças de um "Filme Cult"

Segue minha indicação...
Premiações- Em 1975 foi considerado o melhor filme em exibição na Europa. Ganhou entre outros o "Prix George Sadoul" (Paris), o "Adolf Grimme Preiss" (Alemanha), o "Encomio Taormina" (Itália) e o "12º Reencontre Film et Jeunesse" ( Premio Especial - Cannes Melhor Filme 78 - ACCMG). Em 1978, a Associação de Críticos Cinematográficos de Minas Gerais, o elegeu melhor filme do ano, durante uma mostra de filmes proibidos e a última premiação foi de melhor filme, melhor atriz (Edna de Cássia)e melhor coadjuvante (Conceição Senna) no Festival de Brasília em 1980.

Curiosidades- O filme foi liberado sem cortes em 7 de novembro de 1979 por decisão do Divisão da Censura, Sr. José Madeira. Depois de uma discussão, em que se duvidou até da nacionalidade do filme, vem a luz da exibição comercial a primeira obra de um gênero não tão incomum, o documentário - ficção.- Proibido no Brasil desde sua realização, em 1974, foi exibido em diversos países da Europa durante os anos em que esquentou as prateleiras da Censura. - Exibido clandestinamente em 1978 numa mostra de filmes proibidos, em Minas Gerais. - O filme foi lançado em circuito comercial no dia 30 de março de 1981 nos cinemas Caruso, Rio, e Cinema1 em Niterói. - Em 1981com 21 anos, descoberta pelo diretor num programa de auditório a atriz do filme Edna de Cássia é uma lavadeira e vive na mais extrema miséria num cortiço de madeira em Belém, onde luta com dificuldade para criar seu filho de 3 anos de idade. Edna Cereja, esse seu verdadeiro nome vive na vida real a miséria que representou no cinema. Para ela, o sonho de ser atriz acabou quando terminou o filme. - (...) Infelizmente, com um atraso que o prejudicou, cinematograficamente o filme foi vulnerado pelo tempo. Fazer Iracema em 74 representava, de fato, grande risco. Mas hoje o objeto de sua denúncia deixou de ser prioritário na escala de preocupação dos brasileiros. Mas a verdade é que embora padeça de falsa espontaneidade na encenação de sua denúncia, e seja esquemático na analise dos fatos, "Iracema" tem garra sociológica. E consegue traçar com inequívoca sinceridade um painel da pobreza de uma população que ficou à margem da História (...) (crítica da época de José Carlos Monteiro no O Globo em 31 de março de 1981) - Sinopse completa:O filme é na realidade um auto-retrato da população da Transamazônica. Retrata realisticamente os problemas da região. Conta a história de uma menina do interior, que vai a Belém com a família para pagar promessa na festa do Sírio Nazaré. O novo meio e as companhias que encontra levam a menina à prostituição. Conhece num cabaré um motorista de caminhão Tião Brasil Grande, negociante de madeira. Influenciada pelas outras prostitutas ela quer ir para os grandes centros ( São Paulo e Rio) e pega carona com o motorista. Saem pela Transamazônica, testemunhando toda a espécie de acontecimentos e dramas que a construção da estrada impôs aos habitantes locais. Abandonada pelo motorista num bordel à beira da estrada, a jovem se vê diante de uma realidade cada vez mais chocante e decadente. Vale ressaltar a presença de Paulo César Pereio...